A TIM divulgou na noite desta quinta, 13, seus resultados financeiros e operacionais referentes ao quarto trimestre e ao ano de 2013. A operadora fechou o ano com R$ 19,9 bilhões em receitas líquidas (aumento de 3,5% no ano), sendo R$ 5,4 bilhões em receitas brutas com dados (alta de 21,5% no ano) e R$ 3,2 bilhões na receita líquida com venda de aparelhos (alta de 37,4%). Esses números evidenciam bem a estratégia da TIM de intensificar a oferta de serviços de dados e a agressiva política de venda de aparelhos, sobretudo smartphones.
O EBITDA da operadora no ano foi de R$ 5,2 bilhões (aumento de 4%), com margem total de 26,1%. O lucro líquido foi de R$ 1,5 bilhão e os investimentos totais no ano foram de R$ 3,9 bilhões (3% a mais em relação a 2012). A TIM fechou o ano com R$ 4,8 bilhões de dívida total, o que é 13,7% a mais no ano, mas o caixa da companhia é de R$ 5,3 bilhões. Com isso, a distribuição de dividendos a ser proposta pela diretoria para ser realizada em abril é de R$ 843 milhões, ou R$ 0,3488 por ação ordinária, o que dá 13,5% a mais em relação a 2012.
A TIM registrou 148 minutos de média de uso por cliente, o que é 8,8% a mais do que em 2012, com uma base total de 73,4 milhões de clientes, o que dá um crescimento anual de 4,3% e um market share de 27,1%. No segmento 3G, a TIM praticamente dobrou sua base, para 23,6 milhões de clientes e 24,9% de market share. No 4G, foram 405 mil clientes e 31% de market share.
Mas há um dado importante: a TIM conseguiu vender um pouco mais de novas linhas em 2013 em relação a 2012 (39,6 milhões contra 38,4 milhões), mas está mais difícil manter o usuário na base. Foram 36,6% de desconexões, o que significa 13,6% a mais em relação a 2012, o que dá uma taxa de churn de 13,6% contra 13% em 2012.
Hoje, 10,5 milhões de clientes pós-pagos da TIM têm voz e dados e 663 mil tem minimodems. No segmento de banda larga fixa, a TIM chegou a 60 mil clientes no serviço Live TIM e 1 milhão de homes passed.
Controle
Na mensagem aos acionistas, o CEO da empresa, Rodrigo Abreu, disse que a TIM tem grande importância "para o grupo Telecom Italia e para outros stakeholders. Tenho me empenhado pessoalmente para garantir que rumores não afetem nossa operação e não nos tirem o foco da execução no dia-a-dia. Temos um compromisso com o plano trienal que está sendo executado, e não deixaremos que boatos e especulações sobre nossa companhia nos desviem de nosso caminho estratégico ou atrapalhem nosso resultado".