Para o vice-presidente de mobile media da Nielsen, Jeff Herrmann, o usuário de telefonia celular teria tudo para ser um ávido consumidor de conteúdos móveis. No entanto, isso não está acontecendo. "O usuário de celular assiste a mais televisão do que a média e gosta mais de consumir conteúdos em mídias como DVRs (gravadores digitais) e internet. Mas ele ainda consome muito pouco conteúdo audiovisual móvel. Nos EUA, ainda que 36% dos celulares tenha capacidade para vídeo, só 13% da base usou uma vez o serviço e apenas 3% a 4% efetivamente usam esse recurso constantemente", disse, apresentando conclusões das pesquisas recentes feitas com esse tipo de usuário. A explicação, segundo constatou a Nielsen, é que o conteúdo disponível ainda é de baixa qualidade no geral, e percebido como muito caro. "É preciso mais conteúdo de qualidade e de graça para o assinante". Sobre o modelo que viabilizaria esse conteúdo gratuitamente, Herrmann não tem dúvidas: publicidade. "O mercado de publicidade cresce em todo o mundo e a fatia de mídias digitais também. Então, não há razão para que os conteúdos em celular não se beneficiem disso", disse o executivo, que participou do Mobile World Congress, que acontece esta semana em Barcelona.
Mobile World Congress