Convergência fixo-móvel: ainda fundamental?

Já faz alguns anos que ?convergência fixo-móvel? é uma das áreas em que há mais produtos sendo fomentados pelas empresas fornecedoras. E nessa edição da 3GSM World Congress, que acontece em Barcelona, não é diferente. Mas ainda não é a prioridade número um das operadoras, pelo menos nos discursos públicos. Talvez porque muitas das grandes empresas de telefonia móvel do mundo não tenham redes fixas, ou talvez porque a competição entre fixas e móveis tende a se intensificar com a popularização das conexões banda larga pelo celular. ?Não existe convergência nos serviços de voz, porque voz é cada vez mais algo pertencente ao mundo móvel?, diz Boris Nemsic, CEO da Telekom Austria e da Mobilkom Austria. ?Tem que convergir nos serviços, não os dois fazerem a mesma coisa?. Para Alan Harper, diretor de estratégias da Vodafone, o quadruple play não é ainda uma demanda concreta. ?O que existe é a necessidade de que algumas aplicações funcionem no ambiente móvel e fixo, como e-mails e instant messaging?.
?As empresas fazem um bundle de serviços e dizem que isso é convergência. Não é. Na visão do usuário, bundle é apenas um pacote mais barato com tudo o que ele já tem?, diz o CEO da Telekom Austria .
Para Sanjiv Ahuja, CEO da Orange, ?onde há redes fixas é preciso combinar os serviços com as redes móveis?, mas ele reconhece que cada vez menos as operadoras de telefonia móvel precisarão manter relação com as fixas. ?Existe, contudo, a questão dos hábitos, e hoje as pessoas estão acostumadas a ligar de um telefone fixo?.

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Aposta dos fornecedores

Mas a convergência fixo-móvel é uma grande aposta dos fornecedores. Em vários estandes, as soluções ocupam destaque. A ZTE e a Samsung, por exemplo, anunciam uma (incomum) parceria entre chineses e coreanos para o desenvolvimento de estações W-CDMA para residências. Serão estações para o interior de prédios e residências para que a transição das conexões de dados entre a rede fixa e móvel também seja transparente, aliviando o tráfego das redes 3G onde houver outra alternative de banda larga.
Aliás, essa é uma preocupação recorrente dos analistas de telecomunicações que acompanham o evento. Será que as redes existentes vão suportar o volume de tráfego em banda larga?

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