Oi terá Mileto como 'stalking horse' na venda de ativos da TV por assinatura

O ano de 2025 começou com novidades para a Oi. Na última quinta-feira, 9, a operadora anunciou ter concluído as negociações com o grupo Mileto para a venda de sua unidade de TV por assinatura

Dessa forma, a Mileto será qualificada para participar do processo competitivo de alienação da unidade na condição de "stalking horse". Isso significa que a proponente terá o direito de cobrir ofertas de maior valor que sejam eventualmente apresentadas pelo negócio de TV por assinatura da Oi.

O processo competitivo em questão deve ocorrer após aprovação e sob supervisão do juízo da recuperação judicial da operadora, de forma similar à realizada na venda de outros ativos da Oi no âmbito do processo. 

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Como apontado no final de dezembro, a proposta da Mileto envolve ativos da operação de TV por assinatura (SeAC), incluindo a base de assinantes, equipamentos terminais associados e demais ativos, direitos e obrigações relacionados à operação. As condições financeiras do acordo alcançado com a Oi não foram divulgadas. 

A Mileto reúne profissionais experientes no mercado de telecomunicações, tendo à frente os executivos Roberto Guenzburger (ex-executivo da Oi), Renato Svirsky (ex-country manager da Zapping Brasil) e Luiz Eugênio Salomão (ex-gerente jurídico da Telebrás).

Oi Fibra 

Outra importante venda de ativos pela Oi envolve a unidade de clientes de fibra óptica (ClientCo, ou simplesmente Oi Fibra). Há agora uma nova data limite para fechamento do negócio: 28 de fevereiro. A V.tal é a compradora dos ativos.

Anteriormente, o prazo final para conclusão do negócio era 31 de dezembro do ano passado. Uma nova extensão do período, contudo, foi aprovada pelos credores da Oi e comunicada ao mercado no fim de 2024 (em 23 de dezembro). A negociação de boa-fé para celebração do contrato de compra e venda e demais instrumentos acessórios são pontos ainda pendentes. 

A venda da unidade de fibra para a V.tal já foi aprovada pelo Cade e pela Anatel (neste caso, com publicação do acórdão no último dia 6 de janeiro). A empresa de infraestrutura gerida pelo BTG Pactual acordou a compra do ativo pelo valor de R$ 5,6 bilhões em setembro, com pagamento que deve envolver ações (cerca de 10% do capital da V.tal), abatimento de créditos extraconcursais e dação de debêntures.

Torres

Há ainda as negociações da Oi com empresas de torres, que receberão ativos da tele como pagamento de parte dos créditos detidos pelo segmento na recuperação judicial. No caso da American Tower, a dação pela Oi de imóveis no valor de R$ 40 milhões teve fechamento comunicado em 26 de dezembro. 

No dia seguinte, a operadora comunicou a celebração de contrato similar ao lado da IHS, envolvendo a transferência de torres e imóveis selecionados para compensação de créditos. A conclusão da operação e a efetiva transferência dos ativos ainda depende do cumprimento de determinadas condições, pontuou a Oi. 

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