Telebras aprova, finalmente, plano de negócios do SGDC

A Telebras publicou no final da tarde desta sexta, 13, fato relevante informando que o seu conselho de administração aprovou o plano de negócios para o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC). O documento foi elaborado para dar a lógica comercial a ser explorada para esta infraestrutura, que será lançado dia 21 de março. O SGDC tem uma capacidade de cerca de 60 Gbps em banda Ka. Surpreendentemente, até hoje, a Telebras não havia conseguido definir a que se destinaria essa capacidade comercial do satélite (o restante da capacidade, em banda X, será inteiramente contratada pela Defesa). O novo plano em si ainda não foi divulgado, então o mistério continua. Mas nos últimos anos, a um custo de R$ 1 bilhão, o SGDC já foi anunciado como a solução para as necessidades de atendimento a pequenos provedores de acesso com backhaul, como uma infraestrutura para provimento de serviços de dados ao governo e até para acesso residencial aos usuários excluídos, num modelo de atendimento ao usuário final que hoje algumas empresas, como a Hughes e no futuro a Yahsat, passam a explorar no Brasil. A capacidade é grande, mas insuficiente para todos os fins, e a Telebras precisa ainda dizer se buscará competir comercialmente com o satélite ou se ele será dedicado a cumprir alguma política pública custeada pelo governo. Próximos capítulos em breve, com a divulgação efetiva do plano.

Cronograma

Enquanto isso, a Telebras tenta conseguir concluir a contratação de equipamentos que serão essenciais para a operação do satélite. No ano passado, a contratação das antenas V-Sat e dos gateways havia sido suspensa pelo TCU e a licitação precisou ser refeita. Este ano, o problema são as gigantescas antenas de 13 metros utilizadas na estação de controle do satélite e os sistemas RTF (radiocomunicação instalados). No último dia 9 de janeiro a empresa que venceu a licitação (STMEA, uma subsidiária da EMC) teve sua proposta considerada pela Telebras como inexequível, por suspeitas de que não tivesse capacidade técnica e experiência para implementar o sistema contratado. Com isso, o mercado de fornecedores tem sérias dúvidas sobre a capacidade da Telebras de estar plenamente operacional quando o satélite for lançado, em pouco mais de dois meses.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Samuca, acho que essa parte da STM não faz mais parte da EMC, vendida à Global Eagle. Com o cancelamento do resultado, a segunda colocada no edital foi uma empresa israelense. Ela deverá ser chamada para fornecer as antenas.

  2. hum sei não, se a STMEA não faz parte da EMC (Global Eagle) Samuca me explica então pq o lobista Ronald Valladao da (GEE) participou do processo, e ajudou a acabar com o projeto!

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