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Com lançamento de dois satélites, SES encara 2017 com otimismo e foco em serviços

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A operadora de satélites SES se prepara para um ano movimentado no Brasil. A companhia tem previstos os lançamentos de dois satélites: o SES-10, que deverá ser lançado até março na primeira reutilização do foguete Falcon 9, da SpaceX; e SES-14, que está programado para o quarto trimestre deste ano. O primeiro deverá ficar na posição 67º O e fornecerá banda Ku, enquanto o segundo ficará na posição orbital 47,5º O, fornecendo bandas Ka, C e Ku, sendo 12 GHz em alto throughput (HTS). O vice-presidente de vendas da empresa para a América Latina, Jurandir Pitsch, afirma estar otimista para 2017 no País, com uma retomada de interesse em projetos sobretudo com a oportunidade de parcerias para serviços para operadoras móveis, comunicação a bordo de aeronaves e vídeo em ultradefinição (4K). “Para nós vai ser importante com dois satélites na mesma região, isso não é algo que acontece com frequência”, declarou ele a este noticiário.

A tendência de uso para backhaul de redes móveis está intimamente ligada à alta capacidade dos HTS, mas a SES espera endereçar a demanda antes mesmo do lançamento do SES-14. “A gente já tem um satélite ali (na posição 47,5º O, o NSS-806, que opera com bandas C e Ku), a gente já está ofertando para clientes 3G e 4G preços que venham a ser compatíveis com o futuro HTS, mas que possam ser prestados agora com o convencional, sem precisar esperar chegar o SES-14”, declara. A questão da capacidade, ele explica, não seria problema, uma vez que o começo da operação é com redes pequenas e com menor demanda – quando já fosse necessário ter mais capacidade, o novo satélite já estaria pronto. A empresa não informa novos contratos, mas diz que migrará os que já utilizam a capacidade atual do NSS-806, como a TV Record.

No entanto, mesmo com lançamento no último trimestre deste ano, o SES-14 só deverá entrar em operação em abril de 2018, uma vez que usa propulsão elétrica e levará mais tempo para chegar à órbita final. Por sua vez, o SES-10, com propulsão tradicional e de menor tamanho, conseguirá chegar à sua posição definitiva em poucos dias. A expectativa da operadora é de que entre em operação também em abril, mas já deste ano. Isso se o lançamento ocorrer como esperado, entre o final de fevereiro e começo de março, uma vez que ele será através do foguete reutilizável Falcon 9. Neste sábado será o primeiro lançamento da SpaceX após a explosão do foguete em setembro do ano passado, e as próximas missões dependerão deste sucesso.

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Novo foco

Embora o carro-chefe da SES continue sendo a venda de capacidade de satélite, com boa parte do faturamento vindo de serviços de vídeo, a empresa procura se diversificar também com a oferta de serviços. Jurandir Pitsch explica os satélites HTS possuem arquitetura complexa, e que nem sempre os clientes estão dispostos a fazer investimento em infraestrutura para lidar com isso. “O que estamos fazendo é entrar um pouco mais na infraestrutura terrestre, para que faça parte do ecossistema global e, em vez de vender só o megahertz, vendo também capacidade nos gateways que podem ser compradas em megabits”, declara. Naturalmente, a empresa não pretende competir com os próprios clientes. “Se quiserem ter a própria rede e só comprar a capacidade, sem problema. Mas a gente tenta ajudar para que tenham essa arquitetura mais complexa com investimentos menores.”

O executivo acredita que isso mude o jogo também na oferta de backhaul para rede móvel. Além da maior capacidade com HTS, fabricantes de redes e equipamentos passaram a desenvolver equipamentos mais específicos e otimizados para esse tipo de arquitetura, trazendo interfaces mais simples. “Tem também o custo menor do que a geração anterior, isso faz uma diferença grande porque antes as próprias operadoras de celular tinham que fazer a integração dos sistemas, e muitas vezes os protocolos não são simples”, relata. “A expectativa é que coloquem (a infraestrutura satelital) a partir de 2017 e 2018 e a gente saia um pouco da timidez. O potencial é muito grande, com áreas com infraestrutura terrestre inadequada, com circuito 2G.”

Também fornecendo dados, o mercado que Pitsch enxerga como tendência é o de comunicação a bordo de aeronaves comerciais. A SES opera em parceria com grandes integradoras deste mercado, como a Gogo, e espera poder atuar mais fortemente na região latino-americana. “Temos muitas companhias aéreas que utilizam a capacidade (internacionalmente) e vão querer expandir, como a United e a American Airlines, pois é necessário ter infraestrutura presente aqui também”, declara. Ele acredita que no futuro, a Internet em voos será como a presença de conexão via Wi-Fi em hotéis, que acabam pesando na hora da escolha do consumidor.

4K

Já para o mercado 4K, Pitsch espera um avanço maior em 2018, embora acredite que a movimentação atual já surpreenda. “Vai tomar um certo tempo, os produtores de conteúdos estão se esforçando, colocando-os disponíveis, mas vai depender da infraestrutura de cabo e DTH para suportar os canais”, explica. A expectativa é de ter pelo menos quatro canais em ultradefinição ainda este ano na região latino-americana, mas nos Estados Unidos a SES trabalha com mais de 20 canais. O vice-presidente de vendas para a América Latina espera também poder trabalhar com emissoras no mesmo molde dos EUA, onde a empresa construiu um ecossistema 4K inteiro, até o set-top box. “Aqui para a região vamos disponibilizar esse ecossistema ou ajudar as operadoras interessadas em ser pioneiras com o nosso aprendizado.” Até no caso da distribuição desse conteúdo via streaming, a operadora é parceira ao fornecer a conexão até as redes de distribuição de conteúdo (CDNs). “Mesmo que os primeiros usuários em grande escala sejam de streaming, estamos em algum ponto da distribuição”, conclui.

1 COMENTÁRIO

  1. Bom, a minha opinião sobre isso tudo, é a tecnologia espacial ainda não ficou num ponto indispensável, que é a internet via satélite.mesmo que seja em conjunto com empresas telefônicas aqui no Brasil. aqui no Brasil já existe uma operadora telefônica que oferece internet por uma linha telefônica da mesma no entanto ela não disponibiliza seu serviço de internet para todos no Brasil sendo que a região mais prejudicada é a região do Nordeste no entanto hoje o Brasil já é um país um pouco desenvolvido na questão tecnológica mas perde para muitos países como China Japão Estados Unidos porque disso tudo porque as empresas que oferece esses serviços elas não investe na tecnologia para chegar a todos no país pois essas empresas elas só querem lucrar em cima de um serviço que oferece de mal qualidade de Campos assim então no meu ponto de vista tá faltando um serviço via satélite com uma internet de ótima qualidade para todos no país mesmo aquelas pessoas que não tem tanto conhecimento da internet que é uma ferramenta indispensável hoje em dia então eu gostaria muito que houvesse uma empresa que focasse neste ponto não que no Brasil não existe internet mas 99% das empresas que fornece esse serviço, infelizmente é um serviço de mal qualidade.

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