A mudança cambial não deve afetar as companhias de telefonia fixa e da Banda A, de acordo com as primeiras avaliações do mercado. Isso porque a maior parte das aquisições de empresas do ex-Sistema Telebrás foi feita com capital próprio ou com base em empréstimos de longo prazo. Além do mais, empresas como a Telefonica, que anteciparam o pagamento do controle das companhias, protegeram suas reservas através da aquisição de notas do Tesouro Nacional cambiais. Já as operadoras da banda B tendem a sofrer prejuízos maiores: primeiro porque suas aquisições se basearam quase sempre em empréstimos bancários no exterior; depois porque essas aquisições envolveram, quase sempre, valores bem superiores aos do leilão do Sistema Telebrás. Os analistas fazem a ressalva da BCP, cujas dívidas estão hedgeadas em operação de swap.