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Rede 3G deve gerar investimentos de US$ 180 milhões em 2008

A abertura pela Anatel dos envelopes do leilão para as faixas de freqüência de redes 3G, no dia 18 de dezembro, disputado por nove operadoras, vai colocar em marcha investimentos há muito esperados pela indústria. De acordo com um levantamento da Alcatel Lucent, até o final de 2008 cerca de 3 mil estações radiobase (ERBs) serão instaladas ou estarão em processo de instalação para o novo sistema. O custo por estação varia bastante conforme o business case, os objetivos de cada operadora e a localização, como explica a diretora comercial do grupo de negócios wireless do consórcio, Mercedes Martínez.
Num cálculo simplificado, entretanto, ela arrisca um palpite de que cada uma delas demande um investimento médio próximo a US$ 60 mil. Com isso, a previsão é de que a rede 3G atraia só no ano que vem um investimento total de US$ 180 milhões, sem levar em conta custos de licenças, ampliação de capacidades de redes e backbones de transporte de dados.
Rogério Loripe, vice-presidente de redes da Ericsson, lembra que quem arrematar as licenças terá pela frente uma série de obrigações de universalização de serviços de voz e banda larga, de tal forma que, ao final dos oito anos, 3,6 mil municípios deverão ter cobertura em 3G, o que sinaliza mais investimentos.

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Segundo Marcelo Motta, diretor de tecnologia e produto da Huawei, a capacidade de uma portadora das redes TDMA em 850 MHz é de 30 Kbps, enquanto em portadoras das faixas de 3G será de 5 Mbps. Desta forma, explica Motta, principalmente em grandes centros, a capacidade de transmissão em 850 MHz logo será totalmente ocupada. Nessas áreas, as operadoras deverão empregar boa parte da infra-estrutura já instalada para as novas licenças, aproveitando elementos como torres, racks e sistemas de energia das ERBs usadas para os serviços atuais de voz e dados. Os novos investimentos necessários nesses casos referem-se basicamente a placas da rede e a sistemas de radiotransmissão que atendam ao aumento de demanda de dados que o novo serviço exigirá.

Killer applications

Os investimentos muito maiores do que o desejado pelas operadoras em 3G terão como compensação a seara altamente promissora da banda larga. Ante uma população hoje em torno de 184 milhões de habitantes, o mercado brasileiro chegou a 6,5 milhões de acessos em junho deste ano e a expectativa é de que cresça para 10 milhões em 2010. Para a Ericsson, no entanto, segundo Loripe, as perspectivas são muito mais otimistas, com 12 milhões de usuários só de banda larga móvel daqui a três anos. As operadoras móveis podem levar conexão rápida com mais facilidade que as fixas a localidades de menor densidade de usuários em potencial, como as bordas das grandes metrópoles, por exemplo e fomentarão a concorrência, ajudando a derrubar os preços do serviço. Ao menos é o que espera Jarbas Valente, superintendente de Serviços Privados da Anatel, para quem a experiência de outros países mostra que o preço da banda larga caiu e a velocidade de acesso aumentou após a entrada de operações em 3G. Leia mais sobre o assunto na matéria de capa da revista TELETIME que circula neste mês de dezembro.

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