Receita da Ligga tem alta de 8% no terceiro trimestre

Ligga. Foto: Divulgação

A Ligga Telecom divulgou na noite desta segunda-feira, 11, o balanço referente ao terceiro trimestre de 2024. No período, a receita líquida de serviços apurou alta de 8%, para R$ 150,8 milhões. Nos primeiros nove meses do ano, o crescimento foi 12%, alcançando R$ 433,1 milhões. 

De acordo com a companhia, o desempenho da receita foi impulsionado pela incorporação da Horizons, reduzindo custos e gerando eficiência operacional por meio da integração de áreas e de sistemas, e da Nova Fibra. 

Dessa forma, a companhia conseguiu reverter o prejuízo de R$ 7,5 milhões, registrado entre julho e setembro do ano passado, para um lucro de R$ 6,2 milhões. Já entre o período de janeiro a setembro, o prejuízo teve queda de 60%, para R$ 15,6 milhões. 

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Para alcançar tal performance, a operadora afirma que uma série de iniciativas adotadas no início do ano, com foco em eficiência operacional, se materializam no terceiro trimestre. "Isso incluiu o redimensionamento do mix de canais de vendas, expandindo os canais do meio digital, além de revisão dos contratos com vendedores terceirizados", diz a companhia.

Com a criação do crivo de crédito e da célula antifraude, ressalta a Ligga, foram adotadas ações para barrar vendas suspeitas e com grande potencial de churn, visando melhorar a qualidade da base e a redução do capex de ativação da empresa. 

Assim, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da provedora foi de R$ 107 milhões (+73%) no terceiro trimestre, com margem de 71%. No acumulado do ano, o indicador ficou em R$ 238,3 milhões, e teve margem de 42%. 

Em 30 de setembro, a dívida bruta da empresa somava R$ 1,19 bilhão (+5%), ao passo que a dívida líquida era de R$ 834 milhões (+11%). Neste sentido, a companhia afirma ter realizado investimentos para manutenção de rede e ativação de novos clientes no valor de R$ 164,6 milhões.

Expansão

Hoje, a operadora possui cerca de 270 mil clientes FTTH (fibra até a casa) e 2,09 milhões de HPs (casas passadas). No balanço, o CEO Wendell Oliveira diz que essa condição inicial, apesar de expressiva, reflete um "altíssimo" potencial de crescimento orgânico, uma vez que a rede da empresa conta com apenas 12,9% de take-up rate (taxa de adesão). 

A rede de fibra é composta por mais de 45 mil quilômetros de fibra, sendo mais de 93% o total de fibra própria, garantindo uma abordagem com ao menos 2 rotas em cada uma das 15 maiores cidades do estado, acrescenta a tele. 

Além disso, o executivo ressalta que as discussões regulatórias sobre a ocupação de postes seguem em curso, com potencial desdobramento a curto prazo. Um dos caminhos possíveis é a retirada de cabos ilegais. "Essa remoção deve impactar de forma significativa a operação de grandes operadoras e provedores. No entanto, a operação da companhia não enfrenta qualquer tipo de risco operacional, uma vez que possui sua rede totalmente regularizada", afirma ele.

No caso do crescimento inorgânico, Oliveira entende que houve um arrefecimento dos M&As nos últimos dois anos, dado o cenário adverso. "Acreditamos que o mercado voltará a crescer no médio prazo, onde o crescimento híbrido entre orgânico e inorgânico deverá ser a melhor alternativa para incremento de base e consequente geração de caixa da companhia."

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