Fornecedores de equipamentos de telecomunicações ouvidos por TELETIME News manifestaram-se pouco surpresos com o número e os nomes envolvidos nas propostas para as sobras do SMP e revelaram até mesmo certa cautela quanto aos resultados da disputa em termos de negócios para a indústria nos próximos meses. Segundo Mário Baumgarten, consultor de marketing estratégico da Siemens e chairman do UMTS Forum, a única novidade nesta disputa é que o mercado demonstrou que já deu início ao processo de consolidação. Isso pode ser visto, diz ele, pela presença da Qualcomm no leilão, que tem o interesse de complementar a rede CDMA da joint venture ibérica (entre Telefônica e Portugal Telecom), e da Telecom Americas, que entrou nesta concorrência, ao que tudo indica, disposta a preencher as lacunas de sua rede em mercados importantes como São Paulo, Santa Catarina e Paraná.
Antes de comemorar o número de concorrentes no leilão, Jose Vazquez, diretor de desenvolvimento de negócios da Alcatel, alerta que para os fornecedores é importante esperar para ver de quanto serão as propostas. A preocupação é de que as concorrentes apresentem agora lances equilibrados o suficiente para sustentar planos de negócios depois. Isto porque, nos tempos atuais, nem os fornecedores, nem os bancos estão dispostos a financiar projetos custosos e de alto risco.
Fornecedora de equipamentos GSM, a Alcatel torce para que a Oi (Telemar), para quem já responde pela instalação de parte de sua rede SMP em operação na área I, seja uma das vencedores. Em seguida, em sua ordem de preferência, vêm a Brasil Telecom, de quem é também fornecedora para a rede de telefonia fixa, e a Telecom Americas, que além de implantar novas operações GSM tende a fazer overlay de suas celulares no mesmo padrão.
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