Oi lidera adições líquidas, mas perde receita no mobile no segundo trimestre

Presidente da Oi, Rodrigo Abreu

[Publicado no Mobile Time] A Oi liderou o ganho em adições líquidas tanto de pós quanto de pré-pagos no segundo trimestre deste ano, mas teve queda na receita com serviços móveis no período. A operadora registrou um aumento líquido de 984 mil conexões em sua base pós-paga e de 919 mil na pré-paga, acima de todos os outros concorrentes, entre abril e junho deste ano. Contudo, sua receita com mobilidade caiu 3,8% em comparação com o mesmo trimestre de 2020, baixando de R$ 1,497 bilhão para R$ 1,440 bilhão.

"O mercado móvel tem mostrado uma competição dinâmica, algo que vem do passado. Mas não acreditamos que seja uma competição predatória, é uma competição forte e normal. Do nosso lado, estamos focando em manter uma boa performance, crescendo em adições de clientes pós-pago para trazer mais receita", disse Rodrigo Abreu, CEO da Oi durante apresentação dos resultados da empresa, nesta quinta-feira, 12.

"Tivemos bastante sucesso com isso, exceto no final do ano passado, quando as assinaturas caíram por conta da pandemia do novo coronavírus. Mas o começo deste ano voltou a ter boa performance na receita do pós-pago", completou o executivo em conferência com analistas.

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Adição de clientes

A operadora informa que o crescimento no pós-pago foi concentrado em planos controle e começa a refletir positivamente no faturamento com a base pós-paga. Já no pré-pago, o crescimento da base não foi acompanhado de aumento no volume de recargas, o que foi atribuído pela companhia ao fim do auxílio emergencial.

"Agora estamos fazendo o mesmo (mirando o crescimento) com o pré-pago, uma área que também tem forte competição. Hoje, cada operadora tem uma estratégia desenhada. Embora sejam agressivas, não são – novamente – predatórias. Do nosso lado, nós continuamos investindo e reformulamos nossos planos também. Como resultado, vimos um avanço de adição de receita no pré-pago, especialmente no segundo trimestre deste ano", contou Abreu.

O CEO da operadora espera que essas estratégias no mobile vão "guiar a Oi até o final do ano e a conclusão da transação (da Oi Móvel) com um desempenho bem positivo". Importante notar que a Oi manteve 11% de seu Capex de R$ 1,8 bilhão voltado para operação móvel, R$ 206 milhões. Contudo, o segmento registrou queda de 5 pontos percentuais ante 16% (R$ 270 milhões) do segundo trimestre de 2020.

A maior fatia do investimento é voltada para a unidade de fibra da operadora.

"Ressaltamos que este é um ano de transição. Mas estamos seguindo com nossos objetivos como planejamos. Agora, estamos focados na execução dos nossos planos. Sabemos que ainda temos muitos objetivos pela frente. Particularmente, na operação e redução de custos da companhia", afirmou Abreu. "Mas vemos isso como parte da nossa transformação completa até 2022. Ultrapassamos os desafios da recuperação judicial e de atividades de fusão e aquisição. Agora estamos focados em melhorar a construção da nova Oi", concluiu.

Importante lembrar, a venda da Oi Móvel para Claro, TIM e Vivo ainda não recebeu aprovação do Cade ou da Anatel.  Desse modo, a unidade mobile segue sob comando da Oi.

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