Governo investe R$ 73 milhões no desenvolvimento da NGN Trópico

Os ministros Roberto Amaral, da Ciência e Tecnologia, e Miro Teixeira, das Comunicações, anunciaram em Brasília nesta terça, 12, o investimento de R$ 73,152 milhões na fundação CPqD para o desenvolvimento da tecnologia Trópico de NGN(Next Generation Network). Os recursos serão investidos em três anos por meio de uma operação da Finep. Mesmo com o significativo aumento da planta de telefonia no país nos últimos anos, em que somente foram adquiridas centrais de procedência estrangeira, a Trópico ainda responde por 20% da planta brasileira de telefonia fixa.
De acordo com Roberto Amaral, este é "um primeiro passo para recuperar a capacidade de o País investir no desenvolvimento tecnológico das telecomunicações, destruído no processo de privatização, em que uma das principais vítimas foi o Projeto Trópico". O ministro afirmou ainda que os recursos destinados ao CPqD vão permitir a volta à Fundação de cerca de cem pesquisadores que trabalhavam na empresa Trópico S/A.
Segundo José Guimarães Palácio, secretário executivo do Ministério das Comunicações e presidente do Conselho Gestor do Funttel, os recursos que serão transferidos para a atualização do Projeto Trópico correspondem a apenas 10% dos valores do Funttel. ?É importante desenvolver no país as novas gerações tecnológicas para uso de tecnologia IP e convergência digital justamente para facilitar a inclusão digital no nosso país?, justificou o secretário. De acordo com Palácio, os outros projetos prioritários do Funttel serão um projeto de satélite que estaria sendo planejado com o ministério da Defesa, e o desenvolvimento do padrão de TV digital para o país.

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Know-how

De acordo com o plano de aplicação de recursos do Funttel no CPqD (pela lei que criou o Funttel, 30% dos recursos do fundo são aplicados pelo governo brasileiro diretamente na Fundação CPqD), aprovado para o triênio 2003/2005, já estavam destinados ao programa de desenvolvimento das NGN R$ 18,066 milhões (cerca de 6% dos R$ 293,481 milhões destinados pelo Funttel ao CPqD no período). Ao destinar mais R$ 73 milhões diretamente à Fundação CPqD e não à Tropico S/A (como previa projeto em apreciação no Conselho Gestor do Funttel), o governo exigiu o retorno das patentes do Sistema Trópico para a Fundação, que as havia transferido para a Trópico S/A (joint venture formada pela própria CPqD, além da Promon e Cisco). Esta era uma das questões que incomodavam o Conselho Gestor do Funttel e que vinham dificultando a transferência dos recursos. De qualquer maneira, a Trópico S/A, se manterá por três anos como a única licenciada a produzir os equipamentos e softwares desenvolvidos para o Trópico.

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