Disputa entre Viacom e DirecTV nos EUA ainda não afeta o Brasil

A briga entre a programadora Viacom e a DirecTV nos Estados Unidos não deve respingar nos negócios das duas empresas no Brasil, ao menos por enquanto. Os contratos são diferentes e negociados localmente, explica uma fonte familiarizada com as empresas, o que não impede que a briga das duas no exterior preocupe os executivos daqui, por eventuais repercussões. A DirecTV americana pertence ao mesmo grupo controlador da Sky no Brasil.

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Esta semana, a DirecTV norte-americana tirou o sinal dos canais da Viacom de mais de 20 milhões de assinantes, por falta de acordo na renegociação dos contratos. Sairam do ar canais relevantes do line-up da operadora nos EUA, como MTV, Nickelodeon, Comedy Central e Vh1.

Segundo o WSJ, a Viacom teria pedido para a DirecTV um aumento de 30% nos valores de licenciamento de seus canais, que não sofriam reajustes há sete anos. Isso em um momento em que os ratings estariam caindo, muito por conta da concorrência de serviços de vídeo online, como Netflix, Amazon e AppleTV, para os quais a Viacom também licencia conteúdos on-demand.

Em um site criado especialmente para dar explicações a seus assinantes (http://www.directvpromise.com), o CEO da operadora, Mike White, afirma que a decisão, "lamentável", de tirar os canais do ar foi da Viacom, e que a situação é temporária e será solucionada. Ele é irônico ao dizer que estão negociando para manter os preços de assinatura baixos e trazer os canais de volta, "mesmo aqueles que você não assiste e para os quais nem liga", disse.

A operadora também exorta os assinantes a não trocarem de provedor de serviço e a não mudarem sua assinatura do DTH para o cabo, pois isso seria uma forma das programadoras aumentarem seu poder de pressão pelo aumento dos custos de licenciamento.

As duas empresas travam agora uma guerra de comunicação. Enquanto a DirecTV afirma que foi a Viacom quem cortou os sinais, e que seriam apenas 17 canais, a programadora diz que foi a DirecTV quem fez o corte, e que teria tirado 26 canais do ar.

A Viacom também criou um site (http://whendirectvdrops.com/) para pressionar a DirecTV, com sua versão dos fatos. Segundo a empresa, os sinais foram cortados sem aviso prévio, e a DirecTV queria pagar pelos canais valores muito abaixo dos praticados na indústria.

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