A consulta pública lançada pela Telebras nesta semana abrindo caminho para potenciais investidores e parceiros deve ser focada no uso da infraestrutura de fibra óptica da estatal. Assim, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) está fora dessas possíveis parcerias.
Segundo o presidente da estatal, Fred Siqueira, a ideia é buscar parceiros que apresentem ideias de como se pode rentabilizar essa infraestrutura da Telebras, que hoje possui algo próximo de 30 mil km de fibra óptica.
"Queremos fazer parcerias para rentabilizar os nossos ativos de fibra óptica. O SGDC está fora porque já tem uma operação com uma empresa parceira", disse Siqueira, que esteve presente no 15º Encontro da Abrint, que acontece esta semana em São Paulo. A parceira do satélite hoje é a norte-americana Viasat, ainda que a Telebras busque novas alternativas também no mercado de satélites, em um processo separado.
A consulta pública
Entre os interesse da Telebras na busca por parceiros está o ganhos de escala para a rede terrestre; fomentar parcerias com provedores (ISPs) locais para redundâncias em relação às redes OPGW; atualizar o NOC/SOC reforçando a cibersegurança; além de manter uma rede neutra.
Na consulta pública, a Telebras também diz que existe a possibilidade de estruturação de uma empresa coligada, ou qualquer estrutura que venha a ser consolidada e que facilite o processo de rentabilização de seus ativos, desde que seja uma empresa S/A de capital fechado, sendo a Telebras acionista com até 49% (integralização em ativos), com possibilidade de superação das limitações de dependência do orçamento federal e capaz de atrair investimentos privados e ganhos de escala com atuação em novos mercados.