TV everywhere ainda é pouco usado, mas também é pouco difundido

Nos últimos anos, os debates da Cable 2013, maior evento de TV por assinatura dos EUA que acontece esta semana em Washington, têm girado em torno das possibilidades abertas pelos serviços de TV everywhere e pela conveniência dessas plataformas (que permitem o consumo do conteúdo que o usuário assina pelo serviço tradicional de TV paga em qualquer dispositivo, em qualquer lugar). Mas o fato é que, até agora, ainda é pequena a adoção a esse novo serviço por parte dos assinantes. Não há números muito precisos, porque isso varia de operadora para operadora, mas alguns dados pesquisados pela empresa Parks Associates dão a dimensão: segundo levantamento feito nos EUA, para aqueles que o serviço está disponível, o nível de uso é de 15%. Mas, segundo o estudo, o maior problema não é falta de vontade, mas falta de conhecimento sobre o serviço. A empresa constatou que apenas 26% dos usuários sabem que têm a possibilidade de assistir aos canais em qualquer lugar (everywhere), o que significa que metade daqueles que sabem, de fato o faz. Segundo a Parks, o nível de conhecimento tem melhorado. Em 2012, apenas 18% dos assinantes pesquisados sabiam dos serviços de TV everywhere. Para a Parks, o que explica o pouco conhecimento é o fato de que, para as operadoras, não se justifica um forte investimento na divulgação, primeiro porque isso não gera mais receita, depois porque uma grande demanda pode trazer mais problemas técnicos e de atendimento, e ainda porque o momento do mercado é do vídeo sob demanda, que gera mais receita e que tem crescido vertiginosamente.

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Para aqueles que acham que as plataformas de TV everywhere não têm futuro, basta dizer que o VOD levou pelo menos dez anos para ganhar momento nos EUA.

A pesquisa da Parks apontou ainda que não existe diferença significativa de renda entre aqueles que consomem TV Everywhere e os que não consomem, mas os que consomem são, em geral, pessoas que gastam mais com entretenimento, seja cinema, VOD ou conteúdos over-the-top.

Da mesma forma, segundo a Parks, quem usa TV everywhere está menos propenso a desistir dos serviços de TV paga do que quem não usa.

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