Duas teles no Brasil vão acompanhar experiência dos assinantes em tempo real

A Nokia Siemens Networks (NSN) deve assinar neste mês de junho contrato com duas operadoras móveis que atuam no Brasil para a adoção de sua plataforma de Customer Experience Management (CEM). Seus nomes ainda não podem ser revelados. O CEM é um sistema capaz de analisar em tempo real a experiência de uso dos assinantes, de acordo com o serviço, o handset e sua localização dentro da rede.

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Os dados são coletados por sondas espalhadas pela rede da operadora. Para melhorar o serviço, a plataforma propõe alterações na configuração da infraestrutura das teles, o que pode ser feito remotamente por engenheiros no centro de controle. "O próximo passo será tornar a rede autoconsciente: ela própria analisará os dados e tomará as decisões automaticamente", explica o CTO da Nokia Siemens para a América Latina, Wilson Cardoso.

Segundo o executivo, o custo para instalação desse sistema é menor que US$ 5 por assinante e o retorno vem em até um ano após a implementação, graças ao aumento do grau de satisfação dos clientes, à redução de reclamações no call center e à melhora no uso da rede. Cardoso relata o caso de uma operadora na Índia que diminuiu em 90% a quantidade de queixas no call center relativos a um modelo específico de celular que vinha tendo um problema de conexão que só foi resolvido após a identificação da solução pelo CEM.

2020

A NSN divulgou nesta quarta-feira, 12, a sua visão de como será a tecnologia móvel daqui a sete anos, em 2020. A empresa dividiu seus esforços de pesquisa e desenvolvimento nesse período em algumas metas: 1) aumentar em mil vezes a capacidade de tráfego de rede em comparação com 2010; 2) reduzir a latência para poucos milissegundos, com ajuda da sua solução de Liquid Applications (que armazena dados da web na camada de acesso); 3) tornar as redes autoconscientes; 4) aprimorar a virtualização de elementos de telecom na nuvem, como o core das redes; e 5) reduzir o consumo de energia na rede de acesso.

São várias as iniciativas da companhia para atingir os objetivos divulgados esta semana. No que diz respeito à capacidade de tráfego móvel, Cardoso destaca as experiências com Authorized Shared Access (ASA), tecnologia para usar, em caráter secundário, serviço de telefonia celular em faixas de frequência destinadas a outros serviços, mas que se encontram subutilizadas. É o caso, por exemplo, da faixa de 2,3 GHz. Sobre velocidade de donwload, o executivo diz que a Nokia Siemens já conseguiu superar, em laboratório, a barreira de 1,4 Gbps usando LTE com cinco portadoras de 20 MHz + 20 MHz agrupadas.

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