A Embratel continua apanhando do mercado de ações. Nesta quarta, 12, as ações preferenciais da empresa sofreram nova queda, de 3,93%, fechando a R$ 3,67. No ano, a desvalorização já ultrapassa com folga os 60%. O irônico é que boa parte dos profissionais do mercado acredita que a surra já foi excessiva, mesmo considerando a alta do dólar e da dívida em moeda estrangeira, a concorrência potencial, e os problemas da sua controladora.
São dois os motivos que levam esses analistas a considerar a desvalorização exagerada:
1) A Embratel tem uma poderosa carteira de clientes corporativos, de alto custo de aquisição.
2) Ainda que a liminar contra as operações de longa distância nacional contra a Telefônica possa ser cassada, muita água ainda vai rolar na Anatel e no Cade quando analisadas as planilhas das operadoras de telefonia fixa. Não se trata apenas das tarifas de interconexão. O que dirão as autoridades e os consumidores de telefonia fixa, pergunta uma analista, se ficar comprovada a existência de subsídios cruzados nas chamadas de longa distância pelas teles locais?