Nos últimos dias o relator da Lei Geral de Telecomunicações, Alberto Goldman, se reuniu com as lideranças dos partidos e alguns deputados influentes e interessados para a discussão destas emendas. Também esteve presente na reunião de ontem, dia 11, o secretario executivo do Minicom, Renato Guerreiro, e Carlos Ari Sundfeld, um dos advogados que ajudou o ministério na elaboração do projeto. Ambos responderam diversas perguntas dos deputados. Goldman chegou a irritar-se com a insistência do deputado Israel Pinheiro (PTB) em alguns pontos. "Ele não entendeu o projeto e fica insistindo", disse Goldman ao TELETIME News. "O Goldman parece uma capa de chuva… a água bate, escorrega e cai", disse o deputado Walter Pinheiro, do PT da Bahia, decepcionado com a falta de receptividade do relator para suas propostas. "O relator do projeto deveria ser alguém que relatasse as diversas opiniões e conceitos dos deputados. Do jeito que é, o relator vira o autor do projeto". O deputado Goldman sempre disse que faria isso, mas Walter Pinheiro acha que não foi isso que aconteceu. "No caso do Goldman, ele absorveu completamente a proposta do governo. Ele dificultou. Ele aparentemente ouvia, mas o meu sentimento é que entrava num ouvido e saia no outro. Ele foi um relator dos interesses do ministro das comunicações. "O processo está se encerrando sem ter começado", reclama o deputado. "Há uma maioria cega votando o projeto. Dos 513 deputados, menos de 10% teve algum tipo de contato com a lei, e mesmo estes estão confusos sem saber em que cenário vamos viver após a vigência da Lei Geral, nem qual vai ser o impacto sobre a sociedade. Uma parcela significativa destes deputados não consegue distinguir a diferença entre regime público e privado. Estamos vivendo num ambiente de extrema confusão", diz Walter Pinheiro. Goldman diz que "isso é normal… ou você acha que eu sei em profundidade todos os projetos em que voto? Claro que não. Sigo a opinião de outros colegas que entendem do assunto".