A Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, registrou lucro líquido de R$ 1,05 bilhão no primeiro trimestre deste ano, alta de 18,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira, 12.
Os ganhos foram impulsionados pela evolução do resultado operacional e da redução das despesas financeiras, indicou a operadora.
Inclusive, o lucro antes de juros, impostos, depreciação de amortização (EBITDA) cresceu 8,1% na comparação anual, chegando a R$ 5,7 bilhões. A margem do primeiro trimestre ficou em 39,6%, alta de 0,7 ponto percentual (p.p.) ante o mesmo intervalo do ano passado.
A receita líquida atingiu R$ 14,3 bilhões, alta de 6,2%. O faturamento foi puxado tanto pelo serviço móvel (+6,5%), especialmente os planos pós-pagos (+10,3%), quanto pela banda larga fixa (+10,6%). O braço de dados corporativos, TIC e serviços digitais também mostrou forte alta no primeiro trimestre (+15,8%).
Confira um resumo dos principais números da Vivo no primeiro trimestre:
• Lucro líquido de R$ 1,05 bilhão (+18,1%);
• EBITDA de R$ 5,7 bilhões (+8,1%);
• Margem EBITDA de R$ 39,6% (+0,7 p.p.);
• Receita operacional líquida de R$ 14,3 bilhões (+6,2%);
• Receita do serviço móvel totalizou R$ 9,27 bilhões (+6,5%);
• FTTH somou R$ 1,89 bilhão (+10,6%);
• Serviços digitais alcançaram R$ 1,31 bilhão (+15,8%).
Móvel
Os planos pós-pagos (+10,3%) puxaram a alta do serviço móvel no primeiro trimestre, gerando R$ 7,93 bilhões em receitas. O desempenho foi sustentado pelo aumento de 7,7% da base da modalidade na comparação anual, encerrando o trimestre com 67,4 milhões de acessos.
A Vivo relata "relevantes migrações do pré-pago para controle, do controle para pós-puro e pela aquisição de novos clientes". A receita da modalidade também foi puxada pelos reajustes anuais do serviço – com isso, a receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês) do pós-pago, sem contar M2M, cresceu 2% em termos anuais, para R$ 52,2.
No pré-pago, houve retração de 11,4% na receita, em função do impacto da migração de clientes. "Importante mencionar que a dinâmica de migrações beneficia o desempenho geral do serviço móvel, já que o pós-pago apresenta maior ARPU e menor churn [evasão de clientes]", pontua a operadora, em trecho do balanço financeiro.
A Vivo encerrou o primeiro trimestre com 102,4 milhões de acessos móveis, alta anual de 2,7%. A cobertura 5G chegou a 519 municípios.
Ainda no que diz respeito às operações móveis, a venda de dispositivos, incluindo smartphones e aparelhos para casa conectada, teve alta de 3,2%. Inclusive, a comercialização de celulares compatíveis com 5G representou 89% do total de smartphones vendidos pela tele no trimestre.
Fixo
O avanço de 6,2% na receita líquida de serviços fixos foi puxado pelo desempenho do serviço de banda larga fixa via fibra óptica (+10,6%), que totalizou R$ 1,89 bilhão, e por dados corporativos, TIC e serviços digitais (+15,8%), vertical que contribuiu com R$ 1,31 bilhão em receitas.
A Vivo terminou o primeiro trimestre com 29,6 milhões de casas passadas com FTTH – isto é, residências que podem contratos o serviço de fibra – em 444 cidades. A base de banda larga totalizou 7,2 milhões de assinantes (+12,9%), com o registro de 211 mil adições líquidas no período de janeiro a março (+22%).
Do total da base de FTTH, 4,3 milhões de acessos dizem respeito ao Vivo Total, plano que combina fibra e móvel em uma única oferta. A base convergente, inclusive, cresceu 77,4% no intervalo de 12 meses.
Segundo o balanço da Vivo, o ARPU de fibra ficou em R$ 89,6 e "o churn tem se mantido nas mínimas históricas, 1,5%".
Já a vertical de serviços digitais foi impulsionada, principalmente, pelo B2B, cujas receitas cresceram 29,9% e somaram R$ 883 milhões, com o apoio de produtos como nuvem, segurança cibernética, Internet das Coisas (IoT), big data, mensageria, venda e aluguel de equipamentos de TI.
Investimentos
A Vivo investiu R$ 1,87 bilhão no primeiro trimestre deste ano, baixa de 0,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. A cifra representa 13% da receita operacional líquida e reflete "uma redução da intensidade de investimentos".
"Os investimentos foram direcionados principalmente para a expansão da rede móvel 5G, cobrindo 519 municípios (+2,9x a/a) e 62% da população brasileira, e para a aceleração da nossa operação de fibra, com forte crescimento de domicílios conectados (+12,9% a/a)", destacou a tele.
Remuneração a acionistas
Junto do balanço financeiro, a Vivo confirmou que realizará, no dia 15 de julho deste ano, o pagamento de R$ 2 bilhões referente ao segundo evento de redução de capital social.
Além disso, o conselho de administração aprovou nesta segunda-feira a distribuição de R$ 500 milhões adicionais na forma de juros sobre capital próprio (JSCP). Com retenção de 15% de imposto de renda, o montante líquido será de R$ 425 milhões, o equivalente a R$ 0,13116945695 por ação.
O pagamento levará em conta a posição acionária do dia 22 de maio deste ano, sendo efetivado até 30 de abril de 2026, em data ainda a ser definida.