Cerca de um ano e meio após constituir a divisão Giga+ Empresas para atuação no segmento empresarial (B2B), a Alloha Fibra não teme a concorrência de outros provedores regionais que têm perseguido o mercado empresarial e aposta em uma combinação de conectividade, infraestrutura e segurança para avançar na vertical.
Diretor nacional de B2B da Alloha Fibra, Daniel Camaroto comentou o novo cenário de mercado em conversa com TELETIME durante o Abrint Global Congress (AGC 2025), realizado em São Paulo na última semana. O executivo notou que recentemente, alguns dos principais ISPs brasileiros posicionaram novas marcas para perseguir receitas B2B.
"As grandes fizeram esse movimento há alguns anos e entre os ISPs, nós fomos pioneiros. Já vemos uma concorrência maior, mas no final é uma oportunidade, porque cria-se uma demanda de mercado. Quanto mais operadoras se colocarem [no segmento], mais oportunidades adicionais", ponderou Camaroto. "O diferencial será atendimento e produto".
No caso da Alloha, as receitas do B2B correspondem hoje a cerca de 17% do faturamento do grupo. Se considerados também CNPJs que são atendidos pela unidade de varejo (B2C), a relevância do cliente empresarial sobe para 22% das receitas. A operadora soma cerca de 50 mil clientes pessoas jurídicas, com os maiores 5 mil sendo atendidos pela Giga+ Empresas.
Dentre eles estão mais de 500 provedores regionais e cerca de 60 operadoras que estão conectadas ao backbone nacional da empresa. Camaroto, contudo, destaca o crescimento da vertical corporativa, composta por clientes de diferentes setores da economia. Tal atendimento possui demandas bem diferentes do mercado de atacado, nota.
"O B2B não é um mercado fácil nem trivial", observou o diretor nacional de B2B da Alloha. Um dos focos da empresa tem sido agregar serviços à conectividade hoje comoditizada, de forma a evitar o papel de empresa que fornece apenas "tubos e conexões".
Na AGC 2025 encerrada na última sexta, a empresa destacou uma série de soluções como a interconexão de redes locais geograficamente separadas (Lan-to-Lan), serviços de ponto de troca de tráfego (PTT), trânsito IP, Anti-DDoS na vertical de segurança e oferta de colocation em data centers, entre outras.