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Tráfego da Internet no Brasil aumenta com impacto da covid-19 e IX.br passa de 11 Tbps

Foto: Pixabay

Após alcançar marca histórica em março, ainda sem efeitos da crise do coronavírus (covid-19), o Brasil já começou a sentir o impacto das mudanças provocadas pela pandemia e passou o volume agregado de 11 Tbps, segundo dados desta terça-feira, 12, do ponto de troca de tráfego do Internet Exchange – IX.br (antigo PTT.br). Embora o consumo tenha mostrado uma curva quase indistinta entre dias de semana e finais de semana, o gráfico do consumo anual mostra um claro crescimento desde o período de quarentena. 

Os dados do IX.br às 16h desta terça-feira mostram que houve um volume de 11,04 Tbps passando pelo ponto de troca de tráfego. Desse total, 8,10 Tbps foram no PTT de São Paulo, o principal do País.

“A quarentena resultou em um crescente número de videoconferências, além de uma maior demanda da rede para a prestação dos mais diversos tipos de serviços, desde os de entrega (delivery), de entretenimento (streaming de filmes), de comércio eletrônico, serviços públicos, ensino e informação, acarretando um maior tráfego Internet. Esse incremento pode ser visto nas curvas do IX.br (Brasil Internet Exchange), cujo pico diário de tráfego Internet passou de 11 Tb/s”, explicou em comunicado o diretor de Projetos Especiais e de Desenvolvimento do NIC.br, Milton Kaoru Kashiwakura.

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Confira o gráfico de evolução anual abaixo. Nota-se que há um aumento atípico em meados de março – justamente quando as medidas de quarentena começaram a ser implantadas.

Qualidade

Segundo relatório do Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações (Ceptro.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), os efeitos da pandemia “não refletem, até o momento, degradação importante da qualidade da Internet no Brasil”. Os dados usam parâmetros monitorados pelo Sistema de Medição de Tráfego (SIMET), divulgados no site do Ceptro.br semanalmente.  

O relatório (baixe aqui) coloca que houve queda na velocidade de download na Internet brasileira a partir do dia 18 de março, chegando a 10 Mbps de diferença em 23 do mesmo mês. A latência também foi maior, com 4 milissegundos a mais do que no período anterior à pandemia. O Ceptro.br também diz ter havido perda de pacotes. Porém, a entidade pontua que não houve problema sistêmico na rede. Com a medida preventiva de OTTs para atenuar o volume de tráfego, tanto o download como a latência apresentaram melhoras após o dia 25 de março.

Segundo as informações do Ceptro.br, não houve padrão nas oscilações em diferentes regiões, sendo que os estados do Ceará, Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Amazonas, além do Distrito Federal, não apresentaram mudança de padrão para nenhuma métrica. Mas a Bahia apresentou aumento da latência, assim como o Rio Grande do Sul, especificamente em Porto Alegre.  Por outro lado, a capital São Paulo teve aumento nas velocidades de download e upload durante a pandemia. 

Variação com cada país

Porém, em países latino-americanos a curva do consumo foi afetada (para níveis menores) por conta das políticas locais de lockdown e isolamento social. Em evento online nesta terça, 12, a Nokia diz ter encontrado uma normalização no consumo em patamar alto nos Estados Unidos e na Europa, mas o mesmo não pode ser deito em outras áreas. “Em países onde o lockdown não está sendo feito, ou está sendo relaxado, há impacto no aumento do tráfego”, constata o  o consultor de negócios da Nokia Deepfield, Guiu Fabregas, referindo-se especificamente aos padrões na América Latina. Segundo ele, nessa região houve um aumento muito variado do tráfego justamente por conta da maior presença ou não do isolamento social.

O CTO da Nokia Deepfield, Craig Labovitz, explica que nos Estados Unidos houve um crescimento com “achatamento da curva” de pico. Ou seja, os aumentos ficaram mais constantes. “Esperamos crescimento entre 40% e 45% nas redes ao ano, a Internet cresce o tempo todo. O que é impressionante nas últimas semanas é que esse aumento anual aconteceu em questão de dias”, explica. 

“Na maior parte, ficamos impressionados em como a rede conseguiu lidar bem com o tráfego, mesmo com Netflix e Disney+ constantemente altos nos EUA, Europa, América Latam e Ásia. Ainda assim, continua desempenhando bem”, declara Labovitz. 

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