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Cresce a adesão da Internet por fibra em órgãos governamentais

A pesquisa TIC Governo Eletrônico publicada nesta terça-feira, 12, mostra que em 2019, ano da realização da coleta de dados da pesquisa, a tecnologia de fibra ótica para acessar a Internet foi a mais citada tanto por órgãos públicos federais e estaduais (94%) quanto prefeituras (73%), com aumento constatado especialmente nos municípios com até 100 mil habitantes.

A proporção de prefeituras com conexão via fibra e com até 10 mil habitantes passou de 32% em 2017, para 63% em 2019. Já entre os municípios entre 10 mil e 100 mil habitantes, o número subiu de 52% para 79%. Regionalmente, a conexão ótica está mais presente nas prefeituras da região Sul (89%), seguida por Sudeste (77%), Nordeste (66%), Centro-Oeste (58%) e Norte (54%).

A pesquisa TIC Governo Eletrônico aponta ainda disparidades relacionadas ao tamanho da população: na região Norte, apenas 31% dos municípios com até 5 mil habitantes possuíam conexão de fibra, enquanto a proporção é de 61% naqueles com mais de 20 mil até 50 mil habitantes.

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Uso de dados pelos órgãos públicos

A pesquisa coletou indicadores inéditos sobre análise de big data entre os órgãos públicos federais e estaduais: cerca de 23% daqueles que possuem departamento ou área de TI fizeram esse tipo de análise. Entre eles, 41% utilizaram dados de geolocalização provenientes do uso de dispositivos portáteis como telefone móvel, conexão Wi-Fi ou GPS; 41% utilizaram dados de plataformas como redes sociais, blogs e websites de compartilhamento de conteúdo multimídia; e 33% fizeram uso de dados de dispositivos inteligentes ou sensores como trocas de dados entre máquinas, sensores digitais ou etiquetas de identificação por radiofrequência. Três a cada quatro órgãos federais e estaduais que realizaram análise de big data nos últimos 12 meses declararam ainda que utilizaram outras fontes de dados.

“Práticas emergentes no setor público, como o uso de big data, inteligência artificial, computação em nuvem e Internet das Coisas, têm potencial de gerar maior agilidade dos processos e eficiência no atendimento ao cidadão e na análise de dados para a tomada de decisão. Isso é ainda mais relevante nos momentos de gestão de crises e emergências, em que a centralização das informações e a rápida resposta são vitais para mitigar maiores prejuízos sociais”, explica em comunicado Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.Br, centro responsável pela produção de da pesquisa.

Acesso à informação

Um dado apontado na pesquisa é o crescimento do número de prefeituras que disponibilizaram o serviço solicitação de acesso à informação e ouvidoria online. Quando comparamos com 2017, ano da última pesquisa, respectivamente aumentou de 62% para 71% e de 46% para 62%. O estudo também revela aumento na prestação de serviços eletrônicos entre as prefeituras com website, como emissão de nota fiscal eletrônica (de 51% para 69%), preenchimento ou envio de formulários via sítio na web (de 55% para 61%) e emissão de boletos de tributos ou outras guias de pagamentos (de 38% para 53%).

Entre os serviços investigados pela pesquisa, ações como realizar agendamentos para consultas, atendimentos ou serviços (25%) ou fazer inscrição ou matrícula para concursos, cursos e escolas (40%) ainda são baixas. Todos os dados são comparados com a última pesquisa realizada, em 2017.

Interação

A TIC Governo mostra que, apesar da alta presença na internet, seja com sites e perfis nas redes sociais, os órgãos de governo ainda não conseguiram adotar ferramentas suficientes que garantam uma interação eficaz com a sociedade, como chats ou chatbots. De acordo com a pesquisa, em 2019, menos de 10% dos websites de órgãos federais e estaduais disponibilizaram atendimento em tempo real, seja por atendentes (chats, 6%), seja por meio de chatbots ou assistentes virtuais (7%). Entre aqueles órgãos com perfis em redes sociais, 18% declararam possuir atendimento em tempo real e 9% chatbots ou assistentes virtuais em suas redes. Já entre as prefeituras, 13% disponibilizaram atendimento por meio de chats em seu sítio web e 16% nos perfis ou contas em redes sociais.

Barbosa diz que “hoje em dia, é fundamental que as organizações públicas estejam presentes na Internet. A adoção de plataformas e aplicações suportadas pela rede que permitem a interação com os cidadãos também facilita a busca de informações e o acesso à serviços públicos pela população. Com a pandemia da covid-19, por exemplo, as organizações públicas poderiam utilizar essas tecnologias para prover o acesso de forma remota a informações e serviços fundamentais para a sociedade”. (Com assessoria de imprensa)

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