Quais são as características em comum entre as operadoras móveis que mais crescem no mundo? Uma pesquisa realizada pela Ericsson em parceria com a Ernst & Young procurou respostas para essa pergunta. Para tanto, primeiro foram selecionadas para o estudo 30 operadoras classificadas como líderes em seus respectivos mercados, ou "frontrunners", como são chamadas na pesquisa. Os critérios para fazer parte da lista foram os seguintes: 1) ter tido crescimento sustentável de pelo menos 5% ao ano entre 2010 e 2014; 2) ter participação de serviços que não sejam voz acima de 25% sobre a receita total; 3) ter Ebitda positivo. Das 30 "frontrunners", 10 encontram-se nas Américas, mas os nomes não foram revelados. Na média, elas cresceram 12,4% ao ano no período estudado, enquanto seus pares, apenas 7,3%.
Para entender por que essas teles se destacaram, foram analisadas as suas estratégias de negócios. Nesse aspecto, as frontrunners puderam ser divididas em três grupos. O primeiro é formado por aquelas que apostam suas fichas em qualidade das redes, basicamente alta velocidade e baixa latência. O segundo grupo é composto pelas teles que focam em canais de venda, especialmente na Internet, com ferramentas de autosserviço e criação de marcas filiadas para atendimento a nichos específicos. E o terceiro grupo é aquele de operadoras que apostam em uma oferta diferenciada de serviços, às vezes com parcerias com OTTs ou por meio de pacotes quadplay. Jesper Rhode, diretor de marketing da Ericsson para América Latina, cita o exemplo da BT, na Inglaterra, que investe pesado nos direitos de transmissão de conteúdo esportivo naquele país.
Um dado interessante do estudo aponta que naqueles mercados onde há uma frontrunner mundial, os concorrentes também crescem acima da média, pois procuram acompanhar aquele líder.
