Se metas de banda larga não forem atingidas, muda-se o plano, diz FCC

O plano de banda larga dos EUA está baseado em metas agressivas e em uma série de ações regulatórias que, em tese, fomentarão o mercado a implementar aquilo que o governo norte-americano estabeleceu como objetivos para 2020. Mas e se as metas não forem atingidas? O que pensa em fazer o governo? Esse noticiário fez esta pergunda a Austin Schlick, general counsel do FCC, que respondeu de uma maneira inusitada. "Se não atingirmos os objetivos, vamos ter que mudar as metas ou mexer no plano", disse ele, descartando a intenção do governo de atuar diretamente na prestação do serviço. Ou seja, nos EUA, ao contrário de outros países, como o Brasil, Austrália e outros, mais grave do que uma incapacidade do mercado de universalizar a banda larga é a ação direta do estado para fazer isso. Schlick participou de debate sobre a agenda regulatória dos EUA para o setor de TV paga durante a NCTA Cable 2010, que acontece esta semana em Los Angeles.
Tranquilidade
Os operadores de TV paga dos EUA não estão especialmente preocupados com o plano de banda larga anunciado em março pela FCC. Mesmo sendo os principais operadores de broadband dos EUA, as empresas de cabo evitaram polêmicas públicas durante a NCTA Cable 2010. Mesmo em um painel com os diretores de nada menos do que seis bureaus da agência reguladora (o equivalente às superintendências da Anatel no Brasil), não se viu operadores questionando a FCC sobre qual seria o papel deles no plano de banda larga ou que benefícios o governo daria para que eles atingissem as metas. O conforto dos operadores deve-se ao fato de que nos EUA as redes de cabo já cobrem a maior parte dos lares, e em 95% dessas redes o serviço de banda larga está disponível para quem quiser. Na visão das operadoras de TV por assinatura dos EUA, a massificação da banda larga virá naturalmente, pelo mercado.

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