Nos últimos anos, produtores de conteúdo e operadores de TV por assinatura se adaptaram aos poucos à realidade da distribuição multiplataforma, por meio de Internet, dispositivos móveis e outros. Hoje, não existem mais resistências significativas a essa realidade. Por outro lado, ainda não é possível dizer que a indústria audiovisual encontrou um novo modelo para substituir os modelos existentes. Esse foi o tom de um dos paineis da NCTA Cable 2010, o maior evento de TV por assinatura dos EUA, que acontece esta semana em Los Angeles.
"Antes, tínhamos uma fonte de receita, que era a publicidade. Hoje temos 20 fontes de receitas, mas todas rendem centavos, enquanto a publicidade ainda é o que paga a conta", disse o presidente e CEO da CBS, Leslie Moonves. Para Moonves, todas as formas de distribuição de conteúdos agregam valor para os produtores de conteúdo, "exceto os DVRs", disse, em referência aos gravadores digitais.
Em linha parecida está a Fox Filmed Entertainment. Para o chairman e co-CEO da empresa, Tom Rothman, é ótimo para os provedores de conteúdos que eles estejam disponíveis em várias plataformas. "Mas mais importante é que sejamos remunerados por essa ubiquidade", disse. O grupo News Corp, de Rupert Murdoch, tem sido um dos grupos de mídia mais agressivos em suas críticas à falta de modelos viáveis para os conteúdos digitais.
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