Economistas ouvidos por TELETIME News não acreditam que o setor brasileiro de telecomunicações vá ser afetado de forma significativa pela alta dos juros norte-americanos e conseqüente redução da oferta de recursos para países emergentes. Não faltarão recursos para o refinanciamento de suas dívidas.
Fazem, no entanto, duas advertências:
devem aumentar as pressões cambiais daí resultantes, implicando o aumento, senão do endividamento, ao menos dos custos de proteção cambial (hedge). A base para o cálculo da variação cambial para o próximo trimestre é de R$ 2,87, sobre a qual se estima um aumento, até o final de junho, em torno de 7%.
Victor Martins, analista do Banco Safra, lembra que boa parte das companhias brasileiras de telecomunicações já fez manobras financeiras de proteção, alongamento e redução de custo da dívida nos últimos meses. Caso, especialmente, da Telemar. A Telesp fixa é totalmente hedgiada e seus controladores têm apoio forte de bancos europeus. As operadoras da TIM têm caixa líquida (é aplicadora).
Outros analistas recomendam observação especial sobre Telesp Celular ? que têm vencimentos altos este ano ? mas mesmo assim, com grande suporte bancário.