Anunciada nesta terça-feira, 12, a parceria entre Ministério das Comunicações (MCom), Telebras e a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) prevê, além do uso do satélite, a implementação de conexão fixas para escolas, apesar de ainda estar sob o projeto WiFi Brasil. O programa atualmente possui 15.184 pontos instalados.
Segundo Pedro Araújo, diretor de investimentos e inovação do Ministério das Comunicações, o programa utilizará conexão via terrestre com implementação de fibra óptica até as escolas (FTTH), com velocidades de 100 Mbps, ou até o ponto de concentração mais próximo (FTTc), que permitirá velocidades de 60 Mbps.
Araújo também disse que a parceria com a RNP pode fazer uso de enlace de rádio, que permitirá velocidades de até 40 Mbps; cabo coaxial, com velocidades de até 20 Mbps; e par metálico (cobre), com velocidades até 20 Mbps. Vale lembrar que é possível chegar com o cabo a velocidades comparáveis às da fibra com as versões mais recentes da tecnologia DOCSIS.
A parceria
Os recursos utilizados para a política pública serão do próprio ministério. Fonte ouvida pelo TELETIME na cerimônia afirmou que a parceria com a RNP saiu mais barata do que com a Telebras. Um aspecto que não ficou muito nítido no anúncio de Fabio Faria foi como ficam os recursos da obrigação obtido da venda da faixa de 26 GHz, no leilão do 5G. Foram arrecadados R$ 3,1 bilhões para conectar escolas públicas brasileiras.
O contrato com a RNP foi assinado em cerimônia realizada no Palácio do Planalto na tarde desta terça-feira. Segundo o acordo, serão conectadas 12 mil escolas até agosto deste ano. Faltarão 2.500 escolas, que serão conectadas no segundo semestre, disse o ministro das Comunicações, Fabio Faria, na solenidade. "Dessa forma, estaremos conectando 100% das escolas", alegou o ministro na ocasião.
Faria também disse que o projeto que será implementado com a RNP prevê parcerias com provedores regionais. "Mais de mil provedores regionais participaram da chamada pública feita pela RNP e vão conectar as escolas. Com essas 12 mil, vamos conectar 100% da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste. E do Nordeste vamos zerar as escolas de Alagoas e Piauí".