Terceirizada da Telefônica atrasa pagamentos de 8 mil funcionários, que ameaçam greve

Foto: Pixabay

Cerca de 8 mil funcionários da Vikstar Services Technology, empresa terceirizada que presta serviços de call center para a Telefônica nos estados de São Paulo, Paraná e Piauí estão sem receber o salário de março. A Telefônica informa que a Vikstar recebeu os pagamentos contratuais devidos à contratada, mas até o momento os trabalhadores não tiveram a situação regularizada.

Segundo João Moura Neto, presidente da Fitratelp e do Sinttel-PI, os empregados da Vikstar Services Technology articulam uma paralisação por tempo indeterminado. Nesta segunda, 12, foi convocada uma assembleia que visa deliberar sobre a paralisação até a regularização do pagamento. De acordo com Neto, que está em contato com as lideranças sindicais do Paraná e São Paulo, a situação é reflexo do processo de precarização das relações contratuais por meio de empresas terceirizadas e a Telefônica pode ser chamada a responder pelas pendências da Vikstar.

À Folha de Londrina, o Diretor Regional do Sintell em Londrina, Sandro Marochi, disse que essa não foi a primeira vez que a Vikstar falhou com suas responsabilidades trabalhistas. Há mais de um ano, disse o dirigente sindical, a empresa atrasou décimo terceiro, vale-refeição e vale-transporte dos trabalhadores, além de não cumprir o acordo coletivo. Marochi afirmou ainda que o contrato da Telefônica representa 90% do contrato de serviço prestado pela Vikstar.

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O que diz a Vivo

Teletime procurou a operadora Telefônica para saber detalhes do caso. Em nota, a operadora afirmou: "A Telefônica informa que o contrato de prestação de serviços com a Vikstar, empresa de serviços terceirizados de call center, foi encerrado por questões relacionadas à deterioração financeira da Vikstar, que poderiam afetar a operação e qualidade do atendimento aos clientes da Telefônica. De forma a evitar qualquer impacto, o atendimento aos clientes da Telefônica seguirá normalmente a partir de outras posições de call center próprios e de terceiros. Com uma postura consciente e responsável, a Telefônica buscará contribuir na realocação dos funcionários da Vikstar, indicando-os para eventual aproveitamento por outros fornecedores".

Contatada pelo Teletime, a Vikstar mandou no começo da noite o seu posicionamento sobre o caso. Segue a íntegra: "Aguardamos o pagamento recursos devidos pela Telefônica à Vikstar. Mais de 8 mil funcionários afetados, todos empenhados a favor da Vivo".

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