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Anatel encontra déficit de quase 1 mil municípios sem backhaul de fibra

A Anatel atualizou o Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações (PERT), mostrando avanço na infraestrutura de backhaul no Brasil, mas ainda apresentando espaço para melhorias. O relatório divulgado nesta segunda-feira, 12, pela agência (clique aqui), coloca também um aumento na velocidade média da banda larga fixa, ainda que com diferentes recortes regionais.

Com dados de fevereiro deste ano, a Anatel ainda identifica 988 municípios sem backhaul de fibra, a maioria nas regiões Norte e Nordeste, além do norte de Minas Gerais. Trata-se de uma redução de 15,34% comparado ao ano passado, que por sua vez já tinha diminuído 25,1% comparado a 2019. 

Segundo a agência, a infraestrutura de fibra chegou a 82,3% do total de cidades, atingindo 4.582 municípios, o que equivale a 95,8% da população. Isso representa um aumento de 4,07%, ou 179 novos municípios. Em 2020, o aumento foi de 9,75%, com 391 novos municípios. 

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Vale notar, contudo, que a Anatel estima que mais de 1 mil municípios já conectados tem backhaul de fibra, mas com velocidades inferiores a 5 Mbps. 

Banda larga fixa

A velocidade média no Brasil alcançou 76,6 Mbps em 2020, segundo dados das próprias operadoras agregados pela Anatel. Chama atenção, contudo, que os estados do Norte, apesar de terem capilaridade de infraestrutura tão densa, apresentaram as maiores velocidades médias, com destaca para Roraima, com 165,4 Mbps. 

A Anatel ressalta, contudo, que a análise deve ser feita considerando a baixa penetração do serviço. Assim, os dados “podem concentrar os acessos entre as classes de maior renda, apresentando velocidades médias elevadas. Verifica-se, por exemplo, que alguns municípios possuem oferta de banda larga em bairros de maior poder aquisitivo e o restante da população não dispõe do serviço”.

Móvel

Considerando todas as tecnologias móveis, todos os municípios brasileiros estariam atendidos. Porém, quando se fala em 4G, o percentual é de 94,70% (5.275 municípios), o que corresponde a mais de 98%. 

Naturalmente, não significa que todo o território esteja sendo atendido pela rede móvel. Da malha de 125.054 km de rodovias federais, o 4G está disponível em 40,5% dessa extensão. A situação piora muito no Norte: Amazonas (4,6%), Amapá (10,7%), Roraima (11,5%) e Pará (16,6%) têm os índices mais baixos de penetração do LTE nas rodovias.

A agência calcula haver ainda 16.328 localidades não sedes de município, dos quais 7.388 têm cobertura 3G. Esse total são as localidades que deverão ser atendidas pelas metas de cobertura previstas no leilão de 5G – a agência fala entre 6 mil e 8 mil – com cobertura 4G.

Escolas conectadas

De acordo com o PERT, o País tem 94% das escolas conectadas, e 6% com “pendências para a instalação). Contudo, a imensa maioria (71,6%) conta com velocidades de 2 a 5 Mbps. Para 18,4%, a velocidade é de 6 a 10 Mbps; 7,9% contam com acesso de 11 a 20 Mbps; e apenas 0,7% têm velocidades superiores a 20 Mbps. 

A evolução do Programa de Inovação Educação Conectada (nome atual para o Plano de Banda Larga nas Escolas – PNBLE) mostra uma variação anual baixa desde 2013, quando o País contava com 62,5 mil escolas conectadas. Em fevereiro de 2021, eram 65.285 escolas com acesso, um aumento de 0,30% comparando a 2019.  

Projeções

A Anatel estima que o País crescerá 27,71% na Internet fixa entre 2020 e 2025, totalizando 37,384 milhões de acessos, ou 8,110 milhões a mais no período.

Já no celular, há uma projeção de crescimento de mais de 35%, totalizando 365,656 milhões de conexões. A agência considera que essa base total é de acessos do serviço móvel pessoal, então pode ser que a evolução da da Internet das Coisas (IoT) esteja nessa conta.

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