LTE vai superar 3G no início de 2018, prevê Oi

Oi Bernardo Winik

Com as novas ofertas focadas em pré-pago e controle anunciadas nesta quarta, 12, a Oi afirma continuar buscando um melhor mix na base, incluindo aí a tecnologia. De acordo com o diretor de produtos móveis da operadora, Roberto Guenzburguer, há uma expectativa de melhoria no cenário macroeconômico e, com isso, retomada de crescimento de receita. A tiracolo, a geração que é mais focada em dados deverá assim assumir a liderança em 2018. "Temos expectativa que a base 4G (da tele) supere a 2G no segundo trimestre e, em provavelmente mais uns oito ou nove meses, a 3G também", afirma.

A base total da Oi em fevereiro era de 42,027 milhões de acessos, sendo 9,256 milhões em LTE e 12,918 milhões em GSM. Em 3G, ela contava com 18,365 milhões. Mas a queda em 4G apresentada no relatório da Anatel teria sido um erro no cálculo – e que resultou também na anormalidade de volta do crescimento da tecnologia 2G após cinco anos em queda, segundo ele. Nos números da agência, a Oi teria ganhado 1,191 milhão de acessos 2G em fevereiro, enquanto no LTE perdeu 388,3 mil conexões.

Guenzburguer garante que a 4G é o foco da empresa, e que os acessos continuam a crescer. Ele diz que a tele deverá cobrir mais 545 cidades em 2017, além das 284 que já cobre atualmente, fechando o ano com 829 municípios, ou 90% da população. Vale lembrar que a Oi não participou do leilão da faixa de 700 MHz, portanto precisará de outras frequências para o LTE, como a de 2,5 GHz ou a de 1,8 GHz via refarming.

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Pré e pós

Assim como todas as demais grandes operadoras móveis, a Oi experimentou queda mais severa no pré-pago ao final do ano por conta da limpeza de base, mas a nova oferta busca capturar a preferência do consumidor na tendência de consolidação do SIMcard – ou seja, ser a operadora escolhida para manter o chip no aparelho, aumentando a participação em receitas. "A gente não tem desespero de market share no pré, a gente quer revenue share", diz o diretor de varejo da Oi, Bernardo Winik.

Isso não significa que a empresa esteja deixando de dar foco no segmento pós-pago, segundo ele. "O pré-pago continua sendo relevante e continuamos atrás (do usuário) e do pós-pago também, trabalhando muito na base pré para fazer migração para o controle", declara. Reconhece, porém, que há um desafio a ser resolvido: vincular o cliente controle com fatura – e, consequentemente, saldo disponível. "É um gap que vamos tirar até o final do segundo trimestre", declara.

Outro gargalo que a Oi espera transpor é o de oferecer os mesmo recursos do atendimento digital para quem tem webphones ou featurephones – todas as funções do aplicativo estão disponíveis no site móvel, com versão para desktop ainda neste trimestre. Atualmente, 75% da base é de smartphone, percentual que cai para 70% quando se considera apenas o pré-pago.

Recuperação Judicial

Na visão de Winik, há um esforço para "fazer a nossa parte" com a recuperação da receita e melhoria operacional independente do processo de recuperação judicial pela qual passa a Oi. "Do lado operacional da companhia, nós executivos não vemos nenhuma razão para qualquer tipo de intervenção", diz, referindo-se à possibilidade recentemente levantada pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, de a Anatel intervir na companhia. "A questão de pagamento de credores ou não vai depender do plano e do acordo que for fechado. A RJ é para manter investimentos em rede que a gente tem", declara.

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