Testes comparativos dos padrões DVB-T e ISDB-Tb devem ser ralizados em Lesoto, no continente africano, nos dias 26, 27 e 28 deste mês de abril. Os testes serão conduzidos pela Crasa, associação dos reguladores das comunicações de países da África setentrional. A expectativa é que acompanhem os testes reguladores e radiodifusores de 15 países africanos. "Os africanos estão dispostos a rever a recomendação da ITU pelo DVB", diz o assessor especial da Casa Civil, André Barbosa. Para ele, as características do padrão nipo-brasileiro vão ao encontro das necessidades dos países africanos, que não contam com grande penetração da TV por assinatura e nem da banda larga. "É a possibilidade de fazer a inclusão digital, sem descartar a futura difusão da banda larga", diz, lembrando que os receptores com middleware Ginga têm potencial para buscar mais conteúdos quando equipados com canal de retorno ligado na banda larga.
Prospecções
Além dos africanos, uma delegação de indianos, convidados pelo governo da África do Sul, deve acompanhar os testes na condição de observadores. "Embora tenham optado pelo padrão DVB, os indianos ainda não implementaram a TV digital", diz Barbosa, afirmando ainda que no encontro na África devem ser marcadas visitas técnicas à Índia. Para o assessor da Casa Civil, o padrão brasileiro é o mais adequado à Índia, uma vez que o país tem apenas 2% de penetração de banda larga e 87% de penetração da TV aberta. Além disso, há a necessidade de multiprogramação, por conta dos diferentes dialetos.
Negociações avançadas
André Barbosa diz ainda que estão avançadas as negociações com Paraguai, Bolívia e Costa Rica, além de conversas preliminares com Nicarágua e El Salvador para adoção do padrão.
André Barbosa participará de apresentação nesta terça, 13, durante o NABshow, em Las Vegas, sobre os padrões de TV digital.