Com o desenvolvimento de aplicações baseadas em satélites de baixa órbita (LEO), o aumento de demanda de diferentes países por constelações soberanas de satélites, as constelações dedicadas à IoT e comunicação direta a dispositivos (D2D), o mercado de satélites deve enfrentar uma falta de opções de lançamentos, segundo as projeções da consultora Analysys Mason.
O problema é a quantidade de satélites de cada projeto, segundo a consultoria. Apenas os quatro projetos chineses em desenvolvimento (em diferentes fases de maturação) terão mais de 32 mil satélites.
A principal constelação, Thousand Sails (com quem o Brasil, a propósito, tem um memorando de entendimento) é a mais avançada, e deve começar a operar em 2026, mas ainda há incertezas se a capacidade de lançamento chinesas dará conta do volume de equipamentos a serem colocados em órbita.
Brasil
O Brasil é colocado pela consultoria como um dos grandes mercados internacionais para as novas constelações.
A projeção da Analysys Mason é que o País tenha mais de 1,75 milhão de usuários de banda larga sendo atendidos por constelações LEO, sendo a Starlink a principal com cerca de 900 mil usuários), mas com participações importantes no futuro para a Kuiper e Thousand Sails.
SpaceX e entrantes
Segundo a Analysys Mason, 87% da capacidade de lançamento no mundo seguirá com a SpaceX, e mesmo assim essa capacidade já não é suficiente para atender as demandas do governo norte-americano, Starllink e outros clientes.
Novos entrantes no mercado de satélites devem ter 5% do mercado de lançamentos, enquanto outros players tradicionais, que não fazem mais do que seis lançamentos por ano, terão 8% do mercado.
Mas segundo a consultoria, a maior parte da da capacidade da SparceX já está comprometida com a própria Starlink e com projetos governamentais. E outros lançadores de grande capacidade não estão conseguindo ganhar a velocidade que se esperava.
