Num ambiente em que os serviços de valor adicionado ganham cada vez mais importância e alguns grandes fabricantes investem nesse mercado, a Qualcomm mantém seu discurso de não querer competir diretamente com as operadoras. Tanto o diretor de maketing da Qualcomm nos EUA, Jeff Jacobs, quanto seu irmão, o CEO da Qualcomm, Paul Jacobs, reiteraram essa posição durante a Mobile World Congress, em Barcelona, nesta terça-feira, 12. ?Não somos como a Nokia ou a Google. Somos provedores de tecnologia para as operadoras?, afirmou Jeff em coletiva de imprensa para jornalistas latino-americanos.
E a Qualcomm não quer estar do lado apenas das operadoras, mas continuar sendo uma opção para fabricantes de telefones que não produzem chipsets e não desejam depender da Nokia nesse sentido. ?A Nokia é hoje nosso maior competidor. A Nokia usa seu próprio chipset e seus próprios softwares, aproveitando seu grande market share. Mas vendemos chipsets para vários concorrentes da Nokia, como Motorola, Samsung e LG?, disse Jeff.
Topologia
Em sua palestra nesta terça, Paul Jacobs ressaltou a necessidade de se prestar mais atenção na topologia das redes. Conforme são usadas freqüências cada vez mais altas para comunicação móvel, a propagação do sinal em áreas cobertas fica prejudicada. Para compensar isso, surgem opções como picocells e femtocells. O problema dessas soluções, segundo Paul, é o surgimento de redes demasiadamente heterogêneas, cujos componentes por vezes provocam interferência uns nos outros. ?Melhorar a topologia das redes é um dos desafios para se atingir a ubiqüidade na cobertura?, afirmou o CEO da Qualcomm.