Vídeo será fundamental para desenvolvimento das smart TVs

Parece óbvio, mas a principal conclusão do painel "Making Smart TVs Smarter", que aconteceu nesta quarta, 11, no CES, em Las Vegas, é de que as pessoas compram suas TVs para ver vídeo, e que este é o serviço que impulsionará as vendas dos dispositivos mais que qualquer outra aplicação.

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O moderador da sessão, Paul Gray, da DisplaySearch, lembrou que, segundo pesquisas, apenas um terço das Smart TVs vendidas são efetivamente conectadas à rede.

Para Tim Alessi, diretor de desenvolvimento de produtos da LG, a popularidade do dispositivo vem crescendo à medida que cresce a oferta de TVs com conexões Wi-Fi. "Conectar com o cabo de rede é mesmo difícil e requer conhecimento do usuário, que acaba não fazendo", disse.

Eric Anderson, vice-presidente de soluções de conteúdos e produtos da Samsung, concorda. "Muita gente ainda compra TV para ver TV", disse. Mas discordou dos números apresentados. Segundo ele, a fabricante só conta como conectados aqueles usuários que se registram e ativam o serviço, e este número seria hoje de 50% dos aparelhos instalados. "Mas mais importante do que isso é que depois da instalação o cara volte e use o serviço várias vezes", lembrou Anderson. Isso também está crescendo, conta. "Estamos lidando com novos consumidores, inteligentes, que estão acostumados e sabem lidar com Wi-Fi, apps etc.", concluiu.

Na opinião de Ashwin Navin, CEO da Flingo, o conteúdo vai decolar quando houver sincronicidade entre o que aparece no vídeo e os aplicativos online. A Flingo desenvolveu um aplicativo que reconhece o que o usuário está vendo e transmite esta informação para o celular ou tablet, permitindo que o usuário interaja com seus amigos e com o programa, mandando mensagens no Twitter ou compartilhando no Facebook.

Para Marc Sokol, VP executivo da NeuLion, desenvolvedora de apps, o foco da questão deve ser o que leva a pessoa a comprar uma smart TV. "Não é só porque é legal. É porque oferece novas possibilidades, como o que fazemos na transmissões de esportes como o UFC, com múltiplas câmeras, interatividade, compartilhamento", conta.

Sokol lembra ainda que além de conteúdos de massa, como esportes, também é importante a oferta de long tail, conteúdos de nicho. "Conteúdos étnicos, como TV chinesa, coreana etc., só estavam disponíveis no computador. Agora estas comunidades podem ter acesso a isso também na TV", lembrou.

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