Para Ericsson, conectividade será fator chave de transformação da sociedade

A rápida evolução da conectividade foi o tema central do keynote de Hans Vestberg, CEO da Ericsson, no CES 2012 nesta quarta, 11. Ele lembrou que levou cem anos para que houvesse um bilhão de pessoas conectadas no mundo, mas que em apenas 20 anos foram criadas 6 bilhões de conexões celulares; e até 2020 serão 50 bilhões de conexões. Hoje, 85% da população da Terra tem um celular, e em cinco anos três mil vezes mais pessoas terão acesso à Internet do que hoje, disse. A empresa adotou o slogan "The networks society" para descrever o fenômeno. "Uma pesquisa mostrou que os usuários de smartphones só usam aproximadamente 26% do tempo do aparelho para falar. Na maior parte do tempo estão conectadas à rede, fazendo outras coisas", disse. Esta conectividade terá impacto não apenas na vida das pessoas, mas nas empresas e na sociedade como um todo, disse Vestberg. "Vai transformar a saúde, a educação, os livros", concluiu.

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Ele mostrou dados que indicam que para cada 10 pontos percentuais a mais de penetração de banda larga há um aumento de um ponto percentual no PIB do país, e um aumento de duas vezes na velocidade média das conexões eleva o PIB do país em 0,3 ponto percentual.

M2M

Vestberg indicou alguns benefícios dos novos chips que permitem conexões mais velozes na comunicação entre máquinas (M2M). Carros, por exemplo, poderiam estar em constante comunicação, em tempo real, prevenindo acidentes mesmo que o motorista esteja distraído. "O carro de trás saberia quando o da frente está brecando", conta.

A Ericsson anunciou no evento uma parceria com a operadora de transporte marítimo Maersk, para criar uma rede flutuante com 400 navios, que serão monitorados em tempo real, para aumentar a performance e a economia de combustível.

Vestberg também falou de projetos humanitários que usam a conectividade, por exemplo, para ajudar refugiados de guerra na África a encontrarem familiares desaparecidos.

Finalmente, a Ericsson apresentou uma de suas linhas de pesquisa que pode mudar radicalmente as interfaces de comunicação entre máquinas, através do uso do corpo humano como meio de transmissão de dados. Em uma demonstração, Vestberg transmitiu uma foto do celular para um monitor encostando cada mão em um dos aparelhos. A tecnologia ainda está em laboratório, mas no futuro poderá servir para a troca de dados pessoais através de um aperto de mãos, para pagamento de passagens de ônibus pelo toque ou como dispositivo de segurança para abrir carros ou portas, entre outros usos.

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