Consoles de videogame terão papel relevante na distribuição de vídeo

Qual o papel que os consoles de videogame terão na distribuição de conteúdos de vídeo? Muito relevante, a julgar pela opinião dos participantes de um dos debates do CES 2012, evento de eletrônica de consumo que aconteceu esta semana, em Las Vegas. Para Jack Buser, diretor da divisão de serviços domésticos da PlayStation (o console de videogame da Sony), uma vantagem que os fabricantes de console têm é que, em geral, os usuários desse tipo de dispositivo são extremamente leais. "O usuário do PlayStation confia naquele conteúdo que entregamos e é muito mais aberto a aceitar qualquer coisa que seja entregue pelo PlayStation do que por outras mídias", afirmou. Ele lembrou que 70% dos usuários de PlayStation (PS) se logam à PlayStation Network (rede de distribuição de conteúdos e jogos online do PS) pelo menos uma vez por semana, e ficam pelo menos sete horas por semana conectados.

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Para Joseph Ambeult, diretor de serviços de mídia e entretenimento da Verizon, muita coisa começará a funcionar em rede daqui para frente no que diz respeito a conteúdos de vídeo, e os consoles de videogame serão uma das formas de entregar isso. "Não existe, contudo, um dispositivo vencedor, que dominará o ambiente da casa conectada. Todos terão funções diferentes para pessoas diferentes", diz.

Segundo Michael Pachter, diretor de pesquisa da empresa de equity Wedbuch Securities, que investe em empresas inovadoras, a Microsoft, há cerca de 10 anos, teve a visão inovadora de que o console de jogos XBox seria um media center. "Depois, perderam um pouco o rumo e agora, mais recentemente, retomaram esse conceito, e hoje é claro que a Microsoft quer entrar no mercado de distribuição de vídeo pelo XBox", afirmou. Para ele, o que está fazendo toda a diferença para a Apple é que os diferentes aparelhos funcionam entre si. "A geração de consumidores deste século está comprando produtos da Apple simplesmente porque eles funcionam bem", disse, lembrando que a experiência de consumo de mídia hoje é não apenas uma questão de hardware, mas de ter uma plataforma de distribuição de conteúdos e aplicações, como é a App Store e a iTunes Store. Para ele, no longo prazo, as empresas que estão mais ameaçadas são aquelas que hoje são intermediárias entre os provedores de conteúdo e o consumidor. "E nesse conjunto, as empresas de TV paga por satélite são as que estão em maior risco, porque elas não têm as redes bidirecionais a oferecer".

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