O Conselho de Administração (CA) da Portugal Telecom (PT) votou por unanimidade a rejeição da oferta lançada pela Sonaecom sobre a empresa. Estiveram representados ou presentes da reunião, 21 membros do Conselho de Administração da PT, incluindo os representantes da Telefónica e da Caixa Geral de Depósitos (CGD), informa o Jornal de Negócios. A Sonaecom anunciou em 6 de Fevereiro de 2006, o lançamento de uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) sobre o capital da PT, oferecendo 9,5 euros por ação, o que avalia a tele em cerca de 10,7 bilhões de euros. Diversos analistas apostaram que a Sonaecom elevaria a oferta. No registro desta sexta-feira, 12, no entanto, a Sonaecom manteve os 9,5 euros de contrapartida oferecida. Anunciou, também, outra oferta sobre a PTM, com uma contrapartida de 9,03 euros por ação. A administração da PT considerou a OPA ?inadequada?, pois ?subavalia? a empresa e não atribui qualquer prêmio aos ativos internacionais da empresa, como a Vivo.
Participam do capital da Portugal Telecom a Telefónica com 9,96%; o Banco Espírito Santo (BES) com 8,08%; 7,67% são do Brandes Investments Partners; 5,25% do Grupo Caixa Geral de Depósitos; 3,41% da Telmex; 2,34% da Paulson & Co; 2,09% do grupo Fidelity; 2,07% da Fundação Joe Berardo; 2,07% do grupo Barclays; 2,02% da UBS; 2,00% da Ongoing Strategy Investments e 1,88% do Instituto Financeiro do Estado Português.
Destino da Vivo ainda é incerto
Com esse desfecho o destino da Vivo, que tem em seu capital 50% da PT e 50% da Telefónica, permanece incerto. Com a rejeição da oferta ela continua com participação da PT, já que a Sonaecom já havia sinalizado a venda de operadora móvel. Para os acionistas minoritários da Vivo, segundo um analista, é mais vantajoso continuar sob o guarda-chuva da Portugal Telecom do que passar integralmente para a Telefônica como única controladora, pois haveria desvalorização na troca da ação.