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Capital humano sempre estará na criação do conteúdo, diz cofundador da Magnopous e da Sky Carousel

Rodrigo Teixeira, da Sky Carousel

As tecnologias jamais eliminarão totalmente o capital humano na criação de conteúdo. “Só nós temos a sensibilidade para contar uma história de uma forma que uma máquina não consegue fazer”, disse Rodrigo Teixeira cofundador da Magnopous e cofundador executivo da Sky Carousel durante o 5×5 TECSummit. O brasileiro é um respeitado profissional da área de conteúdo em Hollywood, com uma trajetória de 20 anos trabalhando em super produções, sempre com uma abordagem tecnológica.

Para ele, o input humano sempre estará na criação de histórias, mas no futuro a inteligência artificial possa trazer opções de caminhos na criação. “Vai ser algo que nos dará ferramentas para criar”, explica. No processo de criação de novos conteúdos, haverá também a contribuição tecnológica a partir do machine learning. “Se não em cinco, em dez anos vai acontecer”, aposta.

“Na nossa indústria o capital humano é o mais importante. Tudo é calculado em homens/horas”, diz. Mesmo assim, a tecnologia já permite automatizar trabalhos que, tradicionalmente, envolveu muito o cuidado humano. Com o machine learning, explica, o recorte de imagens, que sempre foi um trabalho “braçal” e exaustivo, ficou um mais automatizado. O mesmo vale para correção de cor também. “São tarefas que consumiriam três dias de trabalho e agora levam horas”, diz.

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Novos mundos

O desafio hoje é criar para todas as plataformas com propriedade, e não apenas explorá-las de forma superficial para marcar a presença do produto. Sua mais recente empresa, a Sky Carousel, atua na concepção de produtos 360, já no momento de criação. “Montamos writers rooms com um cara expert em marchandising, outro em música, outro em vídeo game. Desde o início, tem a construção 360. É um jeito novo de trabalhar, mais ágil. Por exemplo, criamos hoje uma obra que começa como série de TV e depois vira videogame. Pode ser um conteúdo mobile e depois realidade virtual. É uma construção de mundos”, diz.

Área visual

Seu primeiro grande projeto como profissional de imagens foi “O Dia Depois de Amanhã”. “SinCity” foi sua primeira experiência totalmente digital, sem captação em película. “De uma hora para outra, tudo ficou defasado”, diz. A grande diferença do mercado em relação há 20 anos é que globalizou. “Crônicas de Nárnia”, por exemplo, foi feito com profissionais da China e da Índia. “Depois disso, tudo globalizou. Começamos a escolher territórios onde a latência da Internet era menor”, conta.

Para resolver a latência, as empresas da área tendem se instalar fisicamente próximas dos grande data centers. Sua empresa Magnopous, que atua em desenvolver experiências em parceria com grandes criadores de conteúdo, está ao lado de um dos mais importantes data centers da costa oeste americana

Para ele, vivemos a melhor fase para o criador de conteúdo. Por uma lado, há apetite para todo tipo de conteúdo. Por outro, a tecnologia permite experimentar mais com o conteúdo. O que antes era feito com muita cautela na pós-produção, por que qualquer alteração levaria dias, hoje pode ser alterado em tempo real, abrindo espaço para tentativas.

Para o futuro, Teixeira espera o crescimento da adoção da realidade aumentada e da realidade virtual. “Outras gerações vão ter uma forma de consumir conteúdo que talvez para nós não seja natural”, diz.

5×5 TecSummit

O evento 5×5 TecSummit é organizado pelos portais jornalísticos especializados Convergência Digital, Mobile Time, Tele.Síntese, TELETIME e TI Inside, com a proposta de debater a modernização de cinco setores essenciais para a economia brasileira. Na sexta-feira, 11, o evento se encerrou com uma discussão sobre o impacto da tecnologia na indústria de entretenimento. As apresentações estão disponíveis aqui.

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