Após a nota técnica em nome das operadoras e um documento em separado apresentado pela Ericsson à Anatel, agora outras empresas de telecomunicações reforçaram o apoio ao cenário de mitigação da banda C para a convivência com a faixa de 3,5 GHz. Um posicionamento enviado pela Associação Brasileira de Telecomunicações – Telebrasil nesta quarta-feira, 11, endossa a estratégia para liberar a faixa para o leilão de 5G. Assinam o posicionamento as prestadoras Algar, Claro, Oi, TIM, Sercomtel e Vivo. Do lado dos fornecedores, assinam Cisco, Ericsson, Huawei, Nokia e Qualcomm.
O argumento é de que a convivência do 3,5 GHz com o serviço satelital na banda C se trata de uma medida mais eficaz tecnicamente (por ser gradual e agindo em determinados locais mais sujeitos à interferência) e mais econômica (custando R$ 456 milhões) do que a migração de todo o ecossistema atual de TVROs para a banda Ku (que custaria R$ 7,7 bilhões).
Além disso, pedem a liberação de 100 MHz adicionais na faixa, utilizando modelo de filtros (LNBF) de nova geração para puxar a banda de guarda de 3,6-3,7 GHz para 3,7-3,8 GHz, realocando a recepção da TVRO na banda C para acima dessa faixa. A ideia é aumentar a capacidade disponível no 3,5 GHz no leilão de 300 MHz para 400 MHz, argumentando que o uso do LNBF com o corte em 3,8 GHz "é totalmente factível de ser realizado". As entidades pedem uma avaliação técnica e econômica dessa iniciativa antes mesmo da submissão do edital à consulta pública para que essa capacidade adicional seja incluída no leilão.