Morais: "posição da radiodifusão em defesa das TVROs é legítima"

O presidente da Anatel, Leonardo Euler de Morais, se posicionou nesta terça-feira, 11, sobre as queixas do setor de radiodifusão sobre o tratamento dados pelo órgão regulador às antenas parabólicas na questão da futura licitação da faixa de 3,5 GHz. Ao participar do encontro Tele.sintese em Brasília, Morais afirmou que a preocupação do segmento é legítima e está sendo analisada. No entanto, ele também destacou que o Brasil deve priorizar a implementação da tecnologia 5G.

"Creio que é legítima a preocupação em resguardar a parcela da população que ainda tem como principal meio de entretenimento e lazer a TV aberta, que é recebido pelo sistema TVRO. Porém isso não pode contradizer ou ser excludente com o objetivo de o Brasil estar na vanguarda do processo de 5G", disse. Morais afirmou que a Anatel tem trabalhado de forma intensa na questão. "Temos o primeiro sistema de 5G instalado na América, no padrão standalone com core totalmente 5G para testes. Isto é muito revelador sobre a preocupação com a TVROs. As preocupações estão sendo muito consideradas", reiterou.

A manifestação do presidente da Anatel se deve ao fato de que, na Consulta Pública sobre a destinação da faixa de 3,5 GHz, encerrada no domingo, 9, as entidades representantes do setor de radiodifusão relataram preocupações sobre o tratamento dado às TVROs no processo de implantação da tecnologia 5G.

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Licitação

Euler de Morais também informou que a licitação prevista inicialmente para o segundo semestre do próximo ano pode ficar para 2020. "A formatação do edital ainda é um processo que nem começou e deve ocorrer mais adiante. Evidentemente que existe uma questão que impacta o cronograma que é a existência de um ecossistema maduro para o 5G. Hoje não existem devices operando em 5G. Então, acredito que esse ecossistema estará maduro ali pelo começo do próximo semestre do ano que vem. E a Anatel realizando a licitação no final de 2019 ou começo de 2020, vamos estar no timing adequado para endereçar essa discussão", concluiu o presidente do órgão regulador.

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