Negociações para o Minicom agora passam pelo PMDB

São fortes os rumores de que o Ministério das Comunicações estaria sendo negociado com a chamada "ala rebelde" do PMDB. Dois nomes aparecem com muita insistência: o do deputado federal e senador recém-eleito por Minas Gerais Hélio Costa e o do deputado federal (não-reeleito) por São Paulo Marcelo Barbieri.
Hélio Costa é sócio de uma rádio em sua cidade, Barbacena/MG. Foi um forte aliado do ex-presidente Fernando Collor de Mello, é ligado atualmente ao governador de Minas, Itamar Franco. Foi durante muitos anos repórter da TV Globo, mas suas relações com o grupo não são exatamente harmoniosas desde a sua saída.
Marcelo Barbieri, por sua vez, é ex-militante estudantil de esquerda e faz parte do grupo do ex-governador paulista Orestes Quércia. Atualmente, é membro da Comissão de Comunicação da Câmara e tem contato muito próximo junto aos radiodifusores. Se estas negociações com o PMDB se concretizarem, significam uma forte guinada em relação ao perfil que se desenhava para o Minicom, mais ligado às telecomunicações. Agora, a radiodifusão volta a ganhar força, mas nenhum dos dois candidatos é visto por analistas como politicamente capaz de promover qualquer tipo de reforma consistente no ambiente das comunicações.

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Esses rumores apenas reforçam a consternação entre os especialistas do setor no Partido dos Trabalhadores e aliados. A indignação da ala do PT mais ligada ao setor, que era aberta após o convite (recusado) ao deputado fluminense Miro Teixeira para assumir a pasta, está se transformando em revolta dentro do PT, onde já se dava como certa a escolha do deputado Jorge Bittar, também do Rio. ?Não estamos sequer sendo ouvidos?, reclamou uma fonte do partido, ponderando, contudo, que o jogo não está definido.

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