Durante evento realizado no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, 11, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) disse que prorrogará por mais dois anos a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Dentre os setores beneficiados pela medida, está o de comunicações e o de telecomunicações.
O anúncio do presidente da República foi feito após reuniões com representações dos setores beneficiados pela política. A presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), Vivien Suaruagy, esteve na reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, que tratou do assunto.
No encontro, líderes das entidades de classe expuseram o perigo de quebra das empresas e o risco de grande desemprego para os 17 setores contemplados com a desoneração, caso esta termine. "Garantimos apoio às medidas estruturantes para o País", disse a presidente da Feninfra em comunicado.
Além do presidente Bolsonaro, os ministros, Paulo Guedes, da Economia, e Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, apoiam a desoneração. Segundo Suruagy, a medida afeta de imediato 100 mil empregos do setor de telecomunicações. Em novembro de 2020, o Congresso Nacional aprovou a derrubada do veto presidencial à desoneração da folha de pagamentos, prorrogando o benefício até dezembro de 2021.
Para Fábio Andrade, vice-presidente de relações institucionais da Claro, que participou da reunião com o presidente Bolsonaro, "a desoneração é uma medida importante para todo o setor de telecomunicações, que foi essencial para o país no enfrentamento da pandemia e será ainda mais importante na recuperação econômica, principalmente com a perspectiva do 5G", diz. "Apresentamos ao presidente Bolsonaro o imenso esforço emergencial que foi feito pelo setor de telecomunicações para manter o Brasil conectado, inclusive com investimentos elevados e urgentes. A desoneração traz segurança para a continuidade dos nossos esforços".