Lucro da Telefônica Vivo cresce 35% e alcança R$ 1 bi

O grupo Telefônica/Vivo registrou lucro líquido de R$ 1,02 bilhão no terceiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 34,5% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, a companhia tem R$ 3,68 bilhões de lucro, montante 47,9% maior que nos nove primeiros meses de 2013. Cabe destacar, contudo, que houve uma queda de 48,7% no lucro quando comparado com o segundo trimestre, o que em parte é explicado por efeitos sazonais do mercado brasileiro de telecom.

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A receita líquida do grupo entre julho e setembro foi de R$ 8,72 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 1,2% na comparação com o mesmo trimestre de 2013. Enquanto a receita operacional líquida com telefonia fixa caiu 3,2%, passando de R$ 2,88 bilhões para R$ 2,79 bilhões, aquela com telefonia móvel subiu 3,5%, de R$ 5,44 bilhões para R$ 5,63 bilhões. Vale lembrar que a operação móvel foi impactada negativamente pela queda da receita com a tarifa de interconexão (VU-M). Não fosse esse fator, a receita nesse segmento teria crescido quase o dobro em um ano: +6,8%. A mobilidade agora representa dois terços do faturamento da Telefônica/Vivo, ou 66,9% de sua operação operacional líquida de serviços, mais precisamente. Um ano atrás essa participação era de 65%.

O custo operacional da empresa caiu 1% em um ano, baixando de R$ 6,24 bilhões para R$ 6,18 bilhões. Isso contribuiu para o aumento de 7% do EBITDA, que passou de R$ 2,38 bilhões para R$ 2,55 bilhões. Nesse mesmo intervalo, a margem EBITDA cresceu 1,6 ponto percentual, de 27,6% para 29,2%.

Operação

A Telefônica/Vivo encerrou o mês de setembro com 95,4 milhões de acessos, o que representa um aumento de 4,1% em 12 meses. A maior parte (79,8 milhões) é de linhas móveis, enquanto a base de serviços fixos (telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura) correspondeu a 15,6 milhões de acessos.

A empresa destaca o aumento de 22,8% em um ano de sua base de clientes pós-pagos, com adições líquidas de 1,014 milhão somente neste terceiro trimestre. Os clientes pós-pagos agora representam 34,1% da base total da Vivo, o que significa um aumento de 5,2 pontos percentuais em 12 meses.

Na operação fixa, os destaques foram o crescimento anual de 26% na base de TV por assinatura, com 40 mil adições líquidas somente no terceiro trimestre, e o aumento da quantidade de clientes de fiber-to-the-home (FTTH), que agora somam 322 mil, tendo sido registradas adições líquidas de 49 mil entre julho e setembro. No segundo trimestre, o serviço de FTTH registrara 37 mil adições líquidas, o que revela que o crescimento dessa base está em aceleração. A rede de FTTH da empresa passa por 3,4 milhões de residências atualmente. A base total de banda larga fixa da companhia no fim de setembro era de 3,95 milhões. Os acessos de voz fixa, por fim, totalizaram 10,94 milhões em 30 de setembro, o que significa um aumento de 2,9% em 12 meses.

Capex e dívida

A companhia investiu R$ 1,56 bilhão entre julho e setembro, a maior parte (R$ 1,38 bilhão), em rede. O Capex no período correspondeu a 17,9% da receita operacional líquida. No terceiro trimestre do ano passado a empresa havia investido R$ 1,23 bilhão, ou 16,4% de sua receita operacional líquida. A companhia acumula investimento de R$ 4,18 bilhões nos nove primeiros meses de 2014.

A Telefônica/Vivo encerrou o terceiro trimestre com uma dívida bruta de R$ 8,35 bilhões, sendo 17% em moeda estrangeira. Em 12 meses, houve queda de 9,5% na dívida bruta da companhia, explicada pelas amortizações feitas junto ao BNDES e ao BNB. A dívida líquida, por sua vez, era de R$ 1,45 bilhão em 30 de setembro.

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