A Vivo divulgou nesta terça-feira, 11, o resultado referente ao terceiro trimestre do ano, período em que conseguiu lucro de R$ 129,8 milhões, revertendo prejuízo de R$ 59,5 milhões do trimestre anterior. Na comparação anual o aumento do lucro líquido 204,7% superior aos R$ 42,6 milhões do terceiro trimestre do ano passado. A margem Ebtida foi de 32,3%, 9,1 pontos percentuais maior que no trimestre anterior e 6 pontos percentuais maior que no mesmo período do ano passado. A Brascan Corretora e a Ativa Corretora divulgaram relatórios afirmando que os resultados superaram as suas expectativas.
Com relação à margem Ebtida de 32% do trimestre, o vice-presidente de finanças e de relações com investidores, Ernesto Gardeliano, disse que é preciso levar em conta a sazonalidade do trimestre que teve duas importantes datas comemorativas, o Dia das Mães e o Dia dos Namorados.
A base de clientes foi a 42,27 milhões de clientes, o que significa um aumento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado e de 4,6% quando comparado ao segundo trimestre do ano. O Arpu foi de R$ 29,4 no trimestre com uma variação para menos de 4,2% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Mesmo assim, a Ativa Corretora teve uma avaliação positiva do balanço. "A Vivo está, sem dúvida, conseguindo apresentar crescimento de clientes, sem comprometer o ARPU, ao mesmo tempo em que vem alcançando consecutivas melhoras de rentabilidade", disse a corretora em relatório.
Competição
O presidente da Vivo, Roberto Lima, foi cuidadoso ao falar sobre a entrada da Oi em São Paulo. Ele reconheceu a agressividade da promoção para os clientes pré-pagos e disse saber que "eles vão ocupar algum espaço". Mas Lima reforçou que o objetivo da Vivo é se manter em primeiro no ranking de market share. "Vamos lutar para que essas partes de mercado (ocupadas pela Oi) não sejam as que mais nos interessam", disse ele. Ainda sobre a estratégia da Oi de focar na venda do chip – mesmo reconhecendo que a Vivo está fazendo o mesmo no Nordeste onde está entrando agora – Lima observa que "chip é chip e cliente é cliente". Sobre a aeiou, Lima disse ter pouco conhecimento dos resultados da companhia.
Crise
Roberto Lima reconhece que os aparelhos poderão ficar mais caros com a alta do dólar e não descarta uma eventual renegociação de contratos com os fabricantes. "Isso pode fazer com que a estratégia de venda de aparelhos seja um pouco mais lenta", disse. No entanto, como o próprio executivo lembrou, a alta do dólar não afeta a capacidade das operadoras de venderem serviços. Lima confirmou as negociações "com a agência reguladora e como o ministério" em torno dos compromissos de cobertura assumidos na compra das licenças de 3G e aventou até a possibilidade do BNDES entrar na negociação com financiamento mais vantajoso e compatível com a realidade atual do que o oferecido pela Anatel. Conforme este noticiário informou na última segunda-feira, 10, o Minicom ainda não recebeu nenhum pedido formal das teles móveis, mas as teles alegam que já entregaram um pedido formal de medidas.