Um relatório divulgado pela consultoria Dell'Oro Group estima que o mercado de redes de acesso por rádio (RAN) de 6G deve alcançar US$ 30 bilhões até 2033. Ainda assim, o estudo também indica que o mercado de RAN, como um todo, passará por uma redução de 21% entre 2021 e 2029.
De acordo com o relatório, o setor de redes de acesso por rádio experimentou um crescimento de receita de 40% a 50% entre 2017 e 2021, mas atualmente enfrenta um período de declínio acentuado pelo segundo ano consecutivo.
Segundo a consultoria, a expectativa é de que a queda se estabilize após 2024. Mas o estudo alerta que as receitas continuarão sob pressão até que o 6G seja implementado em larga escala.
A pesquisa ressalta que a adoção do 5G não conseguiu alterar de forma significativa o cenário de receitas estagnadas entre as operadoras, o que está aumentando o ceticismo quanto à necessidade de novos investimentos em tecnologias futuras.
"Algum ceticismo é justificável. Afinal, as operadoras investiram mais de US$ 2 trilhões em CAPEX (despesas de capital) em redes sem fio entre 2010 e 2023 para desenvolver o 4G e o 5G, mas as receitas permanecem estáveis", disse o vice-presidente de pesquisa de RAN e CAPEX de telecomunicações no Dell'Oro Group, Stefan Pongratz.
Impulso
Apesar do cenário atual, o relatório sugere que será necessária uma maior capacidade de rede no futuro, o que deve impulsionar o uso de bandas de espectro maiores e da infraestrutura já existente, como forma de conter os custos operacionais.
Entre as principais previsões do relatório, estão a expectativa de que as receitas de RAN 6G cheguem a US$ 30 bilhões até 2033 e que as macrocélulas Sub-7 GHz e cmWave dominem a oferta de 6G no mesmo período.