Metade do consumo de vídeo e TV será feito por dispositivos móveis em 2020

Foto: freestocks.org / Pexels.com

Metade das visualizações de TV em 2020 será feita por dispositivos móveis no mundo. A previsão é do estudo ConsumerLab TV and Media da Ericsson divulgado esta semana, e que considera nesse universo de mobilidade aparelhos celulares, tablets e laptops, sendo que o smartphone sozinho é responsável por quase um quarto desse total. Comparando com os dados do estudo em 2010, trata-se de um aumento de 85% dessas plataformas; e de 160% considerando apenas o smartphone. 

Atualmente, um quinto do total de consumo de TV e vídeo é feito por meio de um smartphone. Isso ocorre porque dobrou desde 2012 a quantidade de consumidores que utilizam esse dispositivo para assistir a vídeos, que agora representam 70% do total de entrevistados.

O levantamento, realizado em 13 países (incluindo o Brasil) e com aproximadamente 20 mil entrevistas online, foi realizado em um universo no qual todos os que responderam têm banda larga residencial e assistem TV ou vídeo ao menos uma vez por mês, com uso de Internet quase que diário. A Ericsson diz que o estudo representa mais de um bilhão de pessoas nesses países.

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Sob demanda

O ConsumerLab da Ericsson diz que o tempo gasto atualmente com TV e vídeo chegou ao pico histórico de 30 horas por semana, incluindo consumo de conteúdo linear e serviços ao vivo e sob demanda (VOD) na Internet; conteúdo gravado (DVR) e baixado; e até mesmo DVD e Blu-ray. Ainda assim, 60% dos espectadores declararam preferir consumir VOD em vez de TV linear, um aumento de 50% em relação a 2010.

Ainda de acordo com o relatório, a quantidade de serviços sob demanda utilizados aumentou de 1,6 por usuário em 2012 para 3,8 em 2017. De fato, 20% dos consumidores já pagam por algum desses serviços de vídeo ou TV atualmente, sendo que 32% afirmam que irão aumentar os gastos nessas plataformas nos próximos seis a 12 meses. A possibilidade de acessar esses conteúdos em dispositivos móveis em viagens internacionais é importante para mais de um terço dos consumidores. Os maiores consumidores de VOD são adolescentes de 16 a 19 anos: mais da metade assiste, sendo que mais de 60% das horas de visualização são por meio de um aparelho móvel.

Conteúdo fácil e de qualidade

A Ericsson ressalta que, se por um lado há mais conteúdo disponível do que nunca, há problemas na entrega ao usuário. O tempo gasto buscando os vídeos aumentou 13% em relação ao ano passado, e agora é quase uma hora por dia. Um em cada oito consumidores acreditam que vão se perder em meio à vastidão do conteúdo disponível no futuro. Por conta disso, 60% dizem que a descoberta de conteúdo é "muito importante" na hora de assinar um novo serviço; enquanto 70% querem uma "busca universal" para tudo que for de TV e vídeo. Nesse último caso, a facilidade tem aparecido em caixas de conteúdo over-the-top, como a Apple TV e a Android TV.

Há ainda uma categoria de consumidores que valoriza a experiência com vídeo de alta qualidade. Cerca de 25% dos entrevistados afirmaram que já têm acesso a uma TV 4K, enquanto um terço dos entrevistados disseram que pretendem comprar uma. Dentre usuários de realidade virtual, quase metade acredita que utilizarão os óculos de VR para consumir conteúdo em 4K sem precisar de uma TV. Vale notar que a maior parte do conteúdo de vídeo em Ultra HD disponível está em plataformas over-the-top, como Netflix e YouTube.

A pesquisa não aborda outra tecnologia que começa a ganhar força nessas mesmas OTTs, a alta gama de cores dinâmica (HDR), que deixa as imagens com cores mais realistas. Há de se ressaltar entretanto a pouca oferta de aparelhos compatíveis: TVs ainda muito caras e apenas smartphones high-end como iPhone 8 e 10 e Samsung Galaxy Note 8.

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