O que já era mais do que esperado finalmente começou a acontecer: DirecTV e Sky anunciaram a fusão de suas operações na América Latina, e o Brasil está incluído.
Por aqui, as mudanças serão significativas. Após a aprovação regulatória necessária (Anatel e Cade), as duas operadoras se fundirão sob a plataforma Sky, em um processo que deve levar cerca de dois anos. A News Corp. e a Liberty Media deixarão de ser acionistas diretas da nova empresa resultante da fusão. Quem assume a posição das duas será a DirecTV Group Inc. (que já controla a DirecTV nos EUA e a DirecTV Latin America, e que tem a News Corp. como principal acionista, com 34% das ações e a gestão). A DirecTV Group terá 72% da nova companhia e a gestão do negócio. O grupo Globo ficará com 28% da companhia resultante da fusão no Brasil e manterá a posição de principal fornecedora de conteúdo para a plataforma de DTH no país. A marca mantida no Brasil será Sky. Hoje, as duas plataformas (Sky e DirecTV) no Brasil somam 1,229 milhão de assinantes, ou seja, cerca de 34% do mercado de TV por assinatura e quase a totalidade do mercado de DTH.
A operação anunciada é, naturalmente, muito mais ampla e resulta de uma estratégia da News Corp. para Sky e DirecTV em toda a América Latina. No México, por exemplo, a operação da DirecTV será descontinuada e os assinantes vendidos para a Sky. Os assinantes terão a opção de não passarem para a plataforma Sky, mas o serviço da DirecTV será encerrado de qualquer maneira. O prazo para a conclusão da operação no México é reduzido: em nove meses a DirecTV sai do ar. A Televisa permanecerá sócia controladora com 57% da nova companhia e a DirecTV Group ficará com os outros 43%.
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