Conselho da Copel orientou empresa a não fazer investimentos adicionais na Sercomtel

Se a maior aposta da Anatel em uma solução de mercado para a complicada situação da Sercomtel era um investimento da acionista minoritária Copel, esta solução pode estar ainda mais distante. Segundo a Folha de Londrina, o conselho de administração da Copel, há cerca de um mês, aprovou recomendação de seu Comitê de Auditoria Estatutário para que a diretoria seja orientada no sentido de "não realizar aportes nesta Coligada (Sercomtel) e relacionamento que possa caracterizar expectativa de direitos por parte da Sercomtel, o que foi acatado por este Colegiado. Adicionalmente, orientaram que não sejam mais investidos, na coligada Sercomtel, recursos de tempo, estudos e ações considerando o parecer técnico apresentado ao Conselho de Administração, corroborado por análise jurídica da equipe interna da Copel". Segundo a ata, do último dia 8 de agosto, "a situação financeira da Sercomtel tem gerado dúvidas acerca dos riscos de responsabilização da Copel por suas dívidas e passivos judiciais". A Folha de Londrina informa que a prefeitura da cidade (controladora da Sercomtel) segue afirmando que está trabalhando em um plano de recuperação com a Copel, mas sem dar detalhes. Segundo apurou este noticiário, os interessados em investir na Sercomtel (e a Copel seria uma delas, por já participar da empresa) só o fariam se houvesse mudança no controle da operadora, e até agora não existe movimentação no Legislativo de Londrina para qualquer mudança legal neste sentido.

A Anatel, segundo apurou este noticiário e noticiado no último dia 6, tem preocupação específica com o risco de inviabilização das operações da Sercomtel no momento em que o caixa da empresa chegar a seu ponto crítico, o que deve acontecer a partir do final do ano e começo de 2019. Por isso a tendência é que o processo de caducidade das outorgas da empresa e elaboração de um novo edital de concessão sejam acelerados para conclusão ainda este ano.

A Folha de Londrina informa que o último balanço de 2017 traz um passivos de R$ 66,640 milhões de curto prazo e de R$ 163,456 milhões de longo prazo, com vencimento em 12 meses. O total da dívida da empresa é de R$ 230,094 milhões, fora o passivo judicial. A receita bruta da Sercomtel no ano passado foi de R$ 285,593 milhões e prejuízo acumulado de R$ 179,637 milhões.

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