Belmobile sugere modelo alternativo à MVNO

Montar uma operadora móvel virtual (MVNO) custa caro. Além de forte investimento em plataformas e sistemas, é necessário gastar muito dinheiro em mídia. Não à toa, a maior parte das experiências internacionais falharam. Sabendo disso, a empresa BelMobile pensou em um modelo diferente que não envolve a compra de airtime, o que, para fins regulatórios, caracterizaria uma operação virtual. A ideia é vender SIMcards customizados para um determinado nicho de mercado, oferecendo também serviços de valor adicionado (SVAs) voltados para esses consumidores. Obviamente, é preciso fechar um acordo com uma operadora tradicional, dona da rede e dos sistemas de billing, SVA etc. Na prática, o cliente continua sendo da operadora tradicional. A conta enviada ao assinante pode ou não ser customizada para aquele nicho. E o call center também. "A principal vantagem para a operadora é que ela não tem mais o gasto de aquisição desse cliente", explicou Marcelo Zylberkan, diretor geral da BelMobile. Ele informou que lançará uma operação com esse modelo muito em breve e que tem outros cinco contratos fechados para início em 2010. O executivo, contudo, fez mistério sobre que nichos ou marcas estão por trás dessas iniciativas.
Para Ricardo Distler, senior executive da Accenture, contudo, o modelo em que a MVNO é apenas uma estratégia de marketing de nicho tem rentabilidade pequena. Em outros países, os modelos que oferecem maiores oprtunidades são aqueles em que a MVNO particia do maior número de elementos da cadeia. Mas ele reconhece que esse ainda não é um modelo possível no Brasil, onde há também o desafio da base pré-paga.
Os executivos participaram do 2o Forum Mobile Plus, evento organizado pelas revistas TELETIME e TI INSIDE em São Paulo.

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