MCom vê possibilidade de operadoras adiantarem cobertura do 5G

Participantes da abertura do Seminário 5G.br, do MCom, em São Paulo. Foto: Bruno do Amaral

Durante evento com a temática do 5G promovido pelo Ministério das Comunicações no hotel Grand Hyatt em São Paulo nesta quinta-feira, 11, a mensagem era de que a tecnologia chegaria em ritmo acelerado, pelo menos na maior parte do País. Inicialmente ministro Fábio Faria mencionou a liberação da faixa de 3,5 GHz em todas as capitais até o final do mês, mas ele procurou destacar sobretudo a possibilidade de operadoras anteciparem metas previstas de cobertura.

Faria só mencionou a possibilidade de eventual prorrogação do prazo original de liberação quando perguntado por TELETIME sobre a possibilidade de o grupo de acompanhamento das interferências da faixa (Gaispi) avaliar a necessidade de mais 60 dias devido a problemas de logística nas cidades de Manaus e Belém. "Se tiver, será exceção, Manaus é a maior [preocupação]. Mas no nosso radar estão pelo menos 25 capitais até o fim deste mês", respondeu. Ou seja, justamente sem as duas cidades da região Norte.

O ministro mencionou várias vezes que o 5G está ainda em "fase de teste" com a implantação pelas operadoras, apesar de já haver oferta comercial com a tecnologia. E destacou o trabalho das operadoras na instalação da infraestrutura, que tem sido exponencialmente maior do que o mínimo requerido no edital do leilão. 

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"Hoje em São Paulo, as empresas têm obrigação de instalar 372 antenas. E elas vão instalar até 29 de setembro 1.522 antenas, significa 309% [mais precisamente, 310,24%] a mais", disse Faria. A meta total para a capital paulista até 2025 é de cerca de 3.270 antenas. Assim, o ministro disse que essa quantia já seria atingida em 2023. "Já no dia 29 de setembro, São Paulo já estará quase 50% coberta."

Para ilustrar, Faria mencionou também o avanço da instalação das antenas nas outras capitais onde o 5G já foi permitido. Em Brasília, já há 333 estações radiobase, contra meta de 93. Em Belo Horizonte, 158 ERBs, contra 78 da meta; em Porto Alegre, 111 antenas, ante a 45 previstas; e em João Pessoa, 101, contra 47. 

Durante o evento, o presidente da Claro, José Félix, também mencionou a possibilidade. "A difusão do 5G no Brasil tem sido acima da expectativa, e os números mostram que as operadoras estão todas bem acima dos requisitos mínimos das obrigações. O que faz crer que vai se atingir a todas as metas muito antes de 2029 se seguirmos neste ritmo, o que eu espero que aconteça. Afora as guerras, falta de semicondutores, imagino que a gente não venha a ter muitos atropelos adicionais", corroborou o executivo. 

Sem Rio de Janeiro

Em mensagem por vídeo no evento, o presidente Jair Bolsonaro chegou a falar do lançamento no 5G, citando as próximas capitais que terão a faixa de 3,5 GHz liberadas na reunião do Gaispi da sexta-feira, 12 – Curitiba, Goiânia e Salvador. Mas ele chegou a citar o Rio de Janeiro também, capital que não estaria entre as cidades autorizadas. No evento, o ministro Fábio Faria se mostrou surpreso, afirmando que seria uma informação obtida pelo presidente com o grupo. TELETIME apurou que a informação não procede. A reunião do Gaispi, que é quem decide a liberação (ou não) do espectro, não tratará do Rio de Janeiro. (Colaborou Henrique Medeiros, do Mobile Time)

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